Igreja deve punir quem agiu mal, diz Papa em entrevista

Em entrevista à Rede Globo, veiculada na noite deste domingo no programa Fantástico, o papa Francisco falou sobre as polêmicas envolvendo a Igreja Católica, como as suspeitas de desvio de dinheiro o escândalo do Vatileaks, e disse que quem errou deve ser punido. O Pontífice, que encerrou hoje sua visita de sete dias ao Brasil […]

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Em entrevista à Rede Globo, veiculada na noite deste domingo no programa Fantástico, o papa Francisco falou sobre as polêmicas envolvendo a Igreja Católica, como as suspeitas de desvio de dinheiro o escândalo do Vatileaks, e disse que quem errou deve ser punido. O Pontífice, que encerrou hoje sua visita de sete dias ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, confirmou que durante o conclave para a escolha do novo Papa foi definida a formação de uma comissão para reformar a Igreja. Segundo ele, a primeira reunião oficial vai acontecer nos primeiros dias de outubro.

“A Igreja precisa de reformas, há coisas que serviram no passado e agora não servem mais. A Igreja precisa ser dinâmica”, disse o argentino ao confirmar que nos encontros que precederam o conclave foram apresentados muitos escândalos envolvendo a Cúria Romana. “Naquela ocasião, falamos claramente dos problemas. Falamos de tudo. Porque estávamos sozinhos, e para saber qual era a realidade e traçar o perfil do novo Papa. E dali saíram problemas sérios, derivados em parte de tudo o que vocês conhecem: do Vatileaks e assim por diante. Havia problemas de escândalos”, ressaltou o Papa, ao confirmar que as mudanças devem ser anunciadas após pelo menos três reuniões da comissão.

Ele ainda defendeu que os religiosos envolvidos em escândalos sejam punidos. “Agora mesmo, temos um escândalo de transferência de US$ 10 ou US$ 20 milhões de um monsenhor. Belo favor faz esse senhor à Igreja, não é? Mas é preciso reconhecer que ele agiu mal, e a Igreja tem que dar a ele a punição que merece, pois agiu mal”, disse ao fazer referência a irregularidades no Banco do Vaticano. O Papa também fez questão de frisar que a Cúria, como qualquer organização, tem erros e acertos, mas disse que no caso da Igreja os erros aparecem mais. “Fazem mais barulho de árvore que cai do que do bosque que cresce”, criticou.

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