HU tem seu Pronto Atendimento suspenso e aumenta emergências no Hospital Regional
Interdição do PAM no Hospital Universitário torna mais caótico o atendimento de emergências em Campo Grande e afeta pacientes do Interior que dependem da Capital
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Interdição do PAM no Hospital Universitário torna mais caótico o atendimento de emergências em Campo Grande e afeta pacientes do Interior que dependem da Capital
O fechamento do Pronto Atendimento (PAM) do Hospital Universitário, ocorrido nesta segunda-feira (29), deve gerar efeitos caóticos sobre outro atendimento de emergências na Capital. A interdição do setor pela Vigilância Sanitária coloca o Hospital Regional como a única opção para socorros de urgência na cardiologia e neurologia.
“Fomos primeiramente no UPA do Vila Almeida. Lá recebeu medicação por conta das dores de cabeça. Porem o remédio não fez efeito. Daí encaminharam minha mulher para cá. E estamos esperando há mais de três horas. Eu achei que pelo fato de ter sido encaminhado por outro posto seria mais rápido. Ela está com muitas dores o efeito do remédio pode passar. E não há resposta de quando será atendida. Nem fui ao trabalho hoje”, Edmilson Alves da Silva, auxiliar técnico. Trouxe a esposa porque está com dores na cabeça. Ana Alice Camargo, 35 anos.
O fechamento do HU ocorreu por comprometimentos estruturais no prédio e problemas de superlotação de pacientes. Em 2012, apesar da liberação de R$ 32 milhões do Ministério da Saúde, a Diretoria do Hospital não abriu licitação para a reforma e não pode captar os recursos federais. A vistoria que determinou a interdição foi feita na última quinta-feira (25).
“A realidade do HU é a de todos hospitais federais do Brasil. Eu pergunto o seguinte: se um hospital federal que deveria ser exemplo vive essa realidade imagina no interior? Se for criteriosa a vistoria interdita mesmo porque é muito problemático o pronto socorro desses lugares. Falta estrutura, por isso os médicos estão nas ruas”, afirma o médico Renato Figueiredo que trabalha na rede pública municipal.
Os pacientes que estavam sendo atendidos pelo setor de pronto atendimento do Hospital Universitário não serão removidos e posteriormente terão direcionamento a Enfermaria, conforme a abertura de vagas. A interdição não tem prazo determinado já que está vinculada a adequação do local e impede a entrada de novos pacientes. O impedimento no HU deve problematizar o encaixe da chamada “vaga zero” de pacientes da Capital e interior do Estado em razão da estrutura antes da interdição já estar no limite.
“Vai demorar muito tempo para o interior não precisar da Capital aqui. Na maioria das cidades falta especialistas e também equipamentos. É muito maior o risco de morrer alguém na mão do médico com a falta de assistência em cidades pequenas. Pra urgências ligamos na central e pedimos a vaga zero porque se fosse agendar demoraria semanas. A interdição do Hospital Universitário tem sim um efeito muito ruim para a demanda existente”, conta o médico, Rafael Becher, que atende em São Gabriel e já trabalhou em Porto Murtinho, onde ele diz não ter recebido salários, rendimentos e férias.
Com o cenário, a única alternativa para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros encaminhar vítimas de acidentes com comprometimento grave passa a ser o Hospital Regional. O pronto atendimento do local que já trabalhava com restrições agora terá um volume 50% aproximadamente maior de entrada na primeira semana.
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