A União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) visa evitar milhões de mortes a cada ano, por meio do aumento da consciência e da educação sobre a doença. O câncer é a principal causa de morte, provocou 7,6 milhões de mortes em 2008, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar disso, estima-se que um terço dessas mortes poderiam ter sido evitadas com a detecção precoce, com a prevenção e com os tratamentos existentes.

O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, entretanto alguns órgãos são mais afetados do que outros. Entre os mais prejudicados estão o pulmão e a mama, porém cada órgão pode ser alvo de tipos diferentes de tumor, sendo eles mais ou menos agressivos.

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, é também o mais comum entre as mulheres, correspondendo a 22% dos novos casos a cada ano. Segundo dados do INCA, o câncer de mama totalizou 12.852 mortes no ano de 2010.

Ao contrário do que se pensa o câncer de mama também afeta os homens, apesar de ser mais raro entre o sexo masculino. Dados provenientes do INCA apontam que a proporção entre homens e mulheres é de um caso masculino, para cada 100 casos femininos da doença.

Diferente dos casos de câncer mamário feminino, a doença é detectada frequentemente em um estágio mais avançado nos homens. O principal motivo é o preconceito por essa doença ter as mulheres como alvo e a falta de conscientização sobre a importância dos exames de rotina nos homens.

Após a cura da doença no sexo feminino é possível realizar a reconstrução da mama, que pode ser feita com retalhos de tecidos e implante de prótese mamária. Nos homens essa reconstrução também é possível. No homem, devido à sua anatomia torácica, não há necessidade de reconstrução do volume e as técnicas têm como objetivo o melhor resultado estético da região peitoral, o adequado posicionamento das cicatrizes finais e o fechamento da ferida cirúrgica.

De maneira geral os homens procuram realizar a cirurgia de exerese da glândula mamária ou ginecomastia, justamente pelo resultado estético da região e pela reconstituição da anatomia local, o que causa consequentemente a reabilitação física e social do paciente.

*Alderson Luiz Pacheco é cirurgião plástico