Guardadores de motos chegam a faturar R$ 3 mil por mês no centro de Campo Grande
Um salário que pode chegar a R$ 3 mil por mês. Este é o faturamento de um guardador de motos no centro de Campo Grande, principalmente nestes meses que antecedem o fim de ano, quando o movimento é maior. Paulo Sérgio da Silva, de 21 anos de idade, trabalhava como estoquista em um supermercado da cidade […]
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Um salário que pode chegar a R$ 3 mil por mês. Este é o faturamento de um guardador de motos no centro de Campo Grande, principalmente nestes meses que antecedem o fim de ano, quando o movimento é maior.
Paulo Sérgio da Silva, de 21 anos de idade, trabalhava como estoquista em um supermercado da cidade e há seis meses ocupa um ponto de estacionamento de motos no centro da cidade, onde, segundo ele, chega a guardar até 300 motos por dia, devido à alta rotatividade.
Quanto ao pagamento, afirma que ninguém é obrigado a dar dinheiro. “É quanto a pessoa sentir no coração. Se não quiser dar, não tem problema, agradeço da mesma forma”, afirma.
Segundo ele, o faturamento é bom porque alguns funcionários de lojas do centro deixam suas motos sob sua responsabilidade. “Tem uma cinco ou seis clientes que pagam uma média de R$ 20 por mês. Então este é um faturamento garantido”, afirmou.
O “expediente” de Paulo Sérgio é puxado. Casado, ele mora no bairro Dom Antônio Barbosa e às 6h30min já está no seu ponto, saindo apenas por volta das 20h. Os clientes, segundo ele são os mais variados. “Tem aqueles que não pagam, mas a moto é cuidada da mesma forma. A média é um real por moto, mas já teve gente que já deu até R$ 7 para deixar a moto aqui”, disse.
Quanto a fiscalização desencadeada pela Polícia Civil contra guardadores clandestinos os “flanelinhas”, Paulo Sérgio afirma que está de acordo e por isso mesmo já começou a providenciar a documentação para entrar com o processo para se regularizar junto ao Ministério do Trabalho.
Com carteira
Um dos únicos guardadores de veículos devidamente regularizado em Campo Grande, é José Roberto Ferreira, de 60 anos, que também cuida de motos no centro da cidade.
Segundo ele, há um ano entrou com o processo junto à delegacia do Ministério do Trabalho em Campo Grande e conseguiu o registro em carteira como “guardador de veículos”.
“Pago imposto de R$ 35 e posso desenvolver minha atividade sem qualquer problema. Essa fiscalização que estão fazendo é muito boa porque tira do mercado os maus elementos e incentiva os honestos a providenciarem a documentação”, afirmou.
O seu faturamento mensal é menor que o de Paulo Sérgio, mas ele atribui isso ao pequeno espaço que tem para colocar as motos. “Não dá pra reclamar, mas se o espaço é maior poderia ganhar mais. Não obrigo ninguém a pagar, porque a rua é do público. Vai da consciência de cada um”, afirmou o profissional que faz “expediente” das 7h30min às 19h.
Cliente
A maioria dos motociclistas deixa alguma colaboração com os guardadores, mas alguns se sentem coagidos.
Este é o caso da estudante Francielly Rodrigues, de 21 anos. Moradora do bairro Santa Luzia, sempre que vai ao centro da cidade deixa sua moto nos espaços específicos e paga aos guardadores quando pode.
“Em uma oportunidade não tinha mesmo dinheiro e o guardador olhou bem pra mim e disse que na próxima eu pagaria. Senti um ar de ameaça e a partir daí passei a evitar o ponto em que ele fica”, afirmou.
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