Não basta fechar o treinamento, é necessário privar a imprensa de qualquer detalhe sobre o time. Isso que fez o Grêmio na véspera da partida decisiva diante do Atlético-PR, que ocorre na quarta-feira, na Arena. Usando o ônibus do clube como escudo e sem possibilitar nem acesso à zona mista do estádio, Renato Gaúcho tentou manter total privacidade.

O trabalho começou às 16h. Normalmente, treinos fechados deixam uma fresta de contato visual com o campo. Mas nesta terça, o ônibus do clube foi estacionado tapando totalmente qualquer espaço.

Nada foi visto. Outra situação corriqueira que foi alterada foi os minutos de treino aberto. Não aconteceu. Nem mesmo o recreativo teve acesso da imprensa, nem mesmo a zona mista foi acessível, com todos jornalistas sendo encaminhados diretamente para a sala de conferências para entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho.

“Os portões fechados é um direito do treinador. Eu praticamente não fecho. Hoje tínhamos que treinar coisas importantes, pênaltis, algo que fica somente entre a gente. Nada de muito interessante ou misterioso”, disse o comandante.

A entrevista do treinador não ajudou muito para saber quem estará em campo. A tendência é de poucas mudanças. Pará volta de suspensão e o restante da equipe deve ser a mesma. A provável escalação é: Dida; Pará, Bressan, Rhodolfo e Alex Telles; Ramiro, Riveros e Souza; Kleber, Barcos e Vargas.

Por ter perdido o jogo de ida por 1 a 0 na Vila Capanema, o Grêmio precisa marcar dois ou mais gols de diferença em casa para ir à final da Copa do Brasil. O jogo diante do Atlético-PR ocorre às 21h50 de quarta. Em caso de vitória por 1 a 0 a decisão será nos pênaltis. Qualquer outro resultado leva o rubro-negro à final.