Gil Rugai é condenado pela morte do pai e da madrasta em São Paulo

Após quase nove anos, Gil Rugai foi condenado nesta sexta-feira (22) pela morte do pai Luiz Carlos Rugai, e da madrasta Alessandra Troitino, em São Paulo no dia 28 de março de 2004. A sentença ainda será lida pelo juiz, no entanto, a informação foi confirmada pela assessoria do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São […]

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Após quase nove anos, Gil Rugai foi condenado nesta sexta-feira (22) pela morte do pai Luiz Carlos Rugai, e da madrasta Alessandra Troitino, em São Paulo no dia 28 de março de 2004. A sentença ainda será lida pelo juiz, no entanto, a informação foi confirmada pela assessoria do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

O plenário foi esvaziado por conta de tumulto e ainda não se sabe se as pessoas vão poder acompanhar a leitura da sentença que será feita em breve pelo magistrado Adilson Simoni.
Depoimento do réu

O réu foi interrogado por cerca de quatro horas e meia na quinta-feira (21) e negou que esteve na casa do pai no fim de semana do crime, ou que estava brigado com o empresário na época das mortes, no entanto, admitiu que gosta de munições e que chegou a fazer um curso de tiro, cuja arma usada foi uma pistola 380 –mesmo modelo usado nos assassinatos. Ele também não confirmou que teria desfalcado a empresa do pai, principal motivo apontado pela acusação para os assassinatos.

O réu também contou, durante o interrogatório, que não foi tratado de maneira “muito gentil” pelo delegado que investigou os homicídios, Rodolfo Chiareli. Além disso, uma das principais provas usadas pela promotoria para acusá-lo, a marca de pé na porta do cômodo onde supostamente Luiz Carlos Rugai tentou se esconder, e que uma lesão no pé de Gil Rugai seria compatível com um trauma deste tipo não foi explicada pelo réu. “Eu sei que eu não chutei aquela porta. Eu não estava lá. Como chegou a esta conclusão, eu não sei”, disse.

Após 35 minutos de inquirição da promotoria, a defesa do réu o orientou a não mais responder as perguntas da acusação. No momento da interrupção, o réu era questionado se conhecia uma lista de pessoas colocada pelo promotor –entre elas, algumas testemunhas–, bem como se tinha algo contra ou a favor delas. “Não é o momento adequado de fazer seu discurso”, disse o advogado Marcelo Feller ao promotor Rogério Zagallo.

O advogado de defesa Marcelo Feller, disse após o fim do interrogatório do réu, durante conversa com jornalistas, que o “verdadeiro suspeito” pela morte do pai e da madrasta do estudante é, na realidade, um assistente pessoal do empresário, Agnaldo Souza Silva. Ele havia sido demitido por Luiz Carlos cerca de um ano antes do assassinato.

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