Apesar da continuidade do crescimento, há sinais de moderação nos gastos de brasileiros em viagens internacionais, segundo avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Em novembro, essas despesas chegaram a US$ 1,874 bilhão, o maior resultado para meses de novembro, na série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1969. Na comparação com igual mês do ano passado, US$ 1,819 bilhão, houve crescimento de 2,9%.

Segundo Maciel, neste ano, a média de crescimento é 20%. Para dezembro, a expectativa do BC é crescimento de 10% nessas despesas, comparado com igual mês de 2012. “Em dezembro, a indicação é crescimento um pouco maior, em 10%, mas ainda assim abaixo do crescimento médio atual de 20%”, disse.

Maciel acrescentou que o aumento do dólar não gera efeitos imediatos nos gastos porque as viagens costumam ser programadas com antecedência. “É natural que alguma defasagem em relação a mudanças na taxa de câmbio venha a ocorrer”, disse.

As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 556 milhões, em novembro, contra US$ 532 milhões em igual mês do ano passado. Para 2014, Maciel disse que espera por aumento dessas receitas devido à Copa do Mundo.

Maciel disse que o déficit na conta de viagens internacionais (mais despesas que receitas) deve ser “substancialmente reduzido” devido à presença de estrangeiros no país em 2014.

Mesmo assim, o BC espera que o déficit na conta de viagens seja maior em 2014 (US$ 19 bilhões) do que neste ano (US$ 18,6 bilhões).