Os africanos vão assistir nos próximos dias ao maior evento já realizado no continente. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, o funeral de Nelson Mandela, ex-presidente sul-africano morto nesta quinta-feira (5), deve durar 12 dias e ser um dos maiores da história.

O diário teve acesso ao plano do governo sul-africano com as homenagens para seu maior líder, que derrotou o regime segregacionista do apartheid e foi reconhecido mundialmente por sua luta contra o racismo.

Segundo a reportagem, o funeral de Mandela deve ser tão impactante quanto o do papa João Paulo 2º, em 2005, que atraiu cinco reis, seis rainhas e 70 chefes de estado, entre presidentes e primeiros-ministros.

O presidente americano Barack Obama deve comparecer ao funeral acompanhado de todos os ex-presidentes de seu país ainda vivos, como Bill Clinton, Bush pai e filho e Jimmy Carter. A mandatária brasileira Dilma Rousseff também deve comparecer ao funeral, assim como dezenas de outros líderes mundiais.

O documento interno do governo do presidente Jacob Zuma prevê 12 dias de homenagens. De acordo com o Guardian, embora tenha sido redigido um ano atrás e esteja sujeito a revisões, o plano é uma mostra de como o país se preparou para o maior funeral de sua história.

Segundo o Guardian, no primeiro dia, “o corpo deverá ser levado para o necrotério sob guarda policial”.

No segundo dia, “livros de condolências serão abertos nas representações estrangeiras, na Fundação Nelson Mandela, dos prédios públicos e possivelmente no Museu Mandela, de Soweto”, um bairro de Johannesburgo.

O plano prevê ainda a visita de autoridades e figuras internacionais à família Mandela, no quarto dia.

Uma das principais homenagens, segundo o documento obtido pelo Guardian, deverá ocorrer no sexto dia, com uma cerimônia religiosa com o corpo presente, além de um discurso de Zuma.