França tenta contornar fracasso na venda de caças ao Brasil

O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, minimizou mais um fracasso nas vendas do caça francês Rafale, dessa vez no Brasil, dizendo estar confiante de que em breve terá boas notícias sobre licitações na Índia e em países do Golfo Pérsico. Fabricado pela Dassault Aviation, o jato multiemprego Rafale ainda não conseguiu emplacar […]

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O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, minimizou mais um fracasso nas vendas do caça francês Rafale, dessa vez no Brasil, dizendo estar confiante de que em breve terá boas notícias sobre licitações na Índia e em países do Golfo Pérsico.

Fabricado pela Dassault Aviation, o jato multiemprego Rafale ainda não conseguiu emplacar um comprador estrangeiro, apesar de ser considerado um dos mais eficientes e sofisticados caças do mundo, mas também um dos mais caros.

As ações da companhia caíram em torno de 4 % nesta quinta-feira após o anuncio do governo brasileiro da decisão de comprar 36 caças Gripen NG, da empresa sueca Saab, com investimento previsto de 4,5 bilhões de dólares até 2023, dando fim a um processo de concorrência que se arrastava há mais de uma década.

A França esteve perto de fechar o acordo com o Brasil em 2011, com a Dassault apostando na promessa de transferir a tecnologia do novo caça para superar a concorrência, mas à época o governo brasileiro anunciou o adiamento da decisão devido à escalada da crise econômica.

“Isso não é um fracasso. É uma decepção em um objetivo que não era prioridade”, disse Jean-Yves Le Drian à rádio Europe 1, minimizando a derrota. “O Brasil não era um objetivo prioritário para o Rafale. Temos objetivos mais importantes na Índia e no Golfo (Estados Árabes).”

O presidente francês, François Hollande, esteve no Brasil em 12 de dezembro com a meta de impulsionar o negócio.

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