França envia soldados ao Mali após morte de jornalistas

Um total de 150 soldados da França chegou a Kidal, no Nordeste do Mali, para reforçar a segurança do país depois de dois jornalistas franceses serem mortos no sábado (2). A informação foi divulgada hoje (5) pelo chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius. A França já havia anunciado que reforçará a presença militar no país, […]

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Um total de 150 soldados da França chegou a Kidal, no Nordeste do Mali, para reforçar a segurança do país depois de dois jornalistas franceses serem mortos no sábado (2). A informação foi divulgada hoje (5) pelo chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius. A França já havia anunciado que reforçará a presença militar no país, no Noroeste da África, onde há atualmente cerca de 3 mil militares franceses. Desse total, entre 500 e 700 estão integrados às forças nacionais e a uma missão antiterrorista das Nações Unidas (ONU).

Os corpos dos jornalistas da Rádio França Internacional chegaram a Paris hoje (5). Os franceses Ghislaine Dupont, 57 anos, e Claude Verlon, 55 anos, foram assassinados no último final de semana depois de terem sido sequestrados por um grupo armado em Kidal, a cerca de 1,5 mil quilômetros (km) da capital do Mali, Bamako. Os jornalistas teriam sido sequestrados e mortos a tiros pouco antes de se encontrarem com o líder do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA).

Kidal fica próximo à fronteira do país com a Argélia e é o local de origem da comunidade tuaregue e do MNLA. O ministro da Defesa do Mali, Soumeilou Boubèye Maïga, explicou que a região onde os franceses foram mortos é um local onde a soberania do Estado não é efetiva.

No dia do ocorrido, o presidente francês, François Hollande, e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, lamentaram o incidente, que chamaram de “odioso”. Ambos informaram apoiar o Mali no combate ao terrorismo. No domingo (3), o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o sequestro e o homicídio dos jornalistas franceses.

“Em linha com o direito internacional humanitário, os jornalistas, os profissionais de mídia e as pessoas envolvidas em missões profissionais perigosas em zonas de conflito armado são geralmente consideradas civis e devem ser respeitadas e protegidas como tal”, informou comunicado do conselho. A ONU ainda pediu que o Mali investigue rapidamente o ocorrido e leve os responsáveis à Justiça.

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