Fraca recuperação da zona do euro se confirma, vendas no varejo desanimam

O aumento dos estoques e do investimento manteve o crescimento da zona do euro em território positivo no terceiro trimestre, apesar da contribuição negativa do comércio e de nenhum auxílio da demanda interna, que perdeu força em outubro, mostrou a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, nesta quarta-feira. A Eurostat confirmou sua estimativa […]

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O aumento dos estoques e do investimento manteve o crescimento da zona do euro em território positivo no terceiro trimestre, apesar da contribuição negativa do comércio e de nenhum auxílio da demanda interna, que perdeu força em outubro, mostrou a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, nesta quarta-feira.

A Eurostat confirmou sua estimativa anterior de que o Produto Interno Bruto (PIB) nos 17 países que compartilham o euro cresceu 0,1 por cento na comparação trimestral, e contraiu 0,4 por cento na base anual.

A economia de 9,5 trilhões de euros saiu da recessão no segundo trimestre com crescimento trimestral de 0,3 por cento, marcando o fim de sua contração mais longa desde a criação do euro.

A recuperação, entretanto, permanece frágil e desigual, minada pelo desemprego em máxima recorde, pelas políticas de austeridade fiscal, lentas reformas estruturais e pelo euro fortalecido, que prejudica os exportadores na Europa.

O comércio, tradicionalmente forte condutor da economia do bloco, teve contribuição negativa nos três meses até setembro, subtraindo 0,3 ponto percentual do resultado geral após contribuição positiva de 0,3 ponto no trimestre anterior.

Mas o aumento de estoques somou 0,3 ponto percentual e o investimento, 0,1 ponto. Os gastos do governo e o consumo das famílias não tiveram variação na base trimestral.

Separadamente, a Eurostat informou que as vendas da zona do euro, medida da demanda do consumidor, diminuíram inesperadamente em outubro, apontando para a continuidade da fraqueza do consumo privado no quarto trimestre.

As vendas tiveram queda de 0,2 por cento em outubro na comparação mensal, depois de recuo de 0,6 por cento em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas ficassem inalteradas.

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