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Forças Armadas fiscalizam entrada ilícita de material radioativo na fronteira boliviana

Em uma ação inédita, a Força Aérea Brasileira (FAB), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB) desenvolveram na semana passada uma atividade conjunta na fronteira com a Bolívia para evitar a entrada ilícita de material radioativo no país. Inicialmente, o integrante da Comissão Nacional de […]
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Em uma ação inédita, a Força Aérea Brasileira (FAB), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB) desenvolveram na semana passada uma atividade conjunta na fronteira com a Bolívia para evitar a entrada ilícita de material radioativo no país.

Inicialmente, o integrante da Comissão Nacional de Energia Nuclear Josilto de Aquino, doutor em Engenharia Nuclear, fez uma apresentação das atividades desenvolvidas pela CNEN para militares da FAB na Base Aérea de Campo Grande (BACG). O profissional também abordou características que envolvem o uso da energia nuclear em indústrias, agricultura e outros meios.

Em seguida, a bordo de uma aeronave da FAB, o integrante da CNEN foi levado até a fronteira do Brasil com a Bolívia. Militares da Marinha, em duas embarcações, conduziram e apoiaram-no para fiscalizar barcos que navegavam no rio Paraguai. Após a Marinha abordar as embarcações, o representante da Comissão realizava a fiscalização para buscar possíveis materiais radioativos ilícitos, usando modernos sensores. Após as ações no rio, a CNEN também atuou em um posto de fiscalização da Receita Federal na divisa do Brasil com a Bolívia. No local onde já estavam atuando a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Exército Brasileiro, em mais uma ação da Operação Ágata 7, Josilto de Aquino realizou a fiscalização em automóveis.

Apesar dos atrasos causados durante a fiscalização, a população aprovou a medida realizada pelas Forças Armadas, CNEN e demais órgãos federais. “É muito positivo esse tipo de trabalho que eles (Forças e órgãos) estão realizando aqui na nossa região. Com certeza nos sentimos mais seguros”, afirmou um dos motoristas de um carro que passou pelo posto.

O representante da CNEN expôs a visão do órgão perante a iniciativa. “Essa é a nossa primeira participação em uma Operação Ágata e, com certeza, realizar esse tipo de ação de controle de fontes radiativas nas fronteiras do país é de grande importância, principalmente pelo fato de estarmos próximos de realizar grandes eventos como uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos”.

Conheça as atividades da CNEN

A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

A CNEN é uma autarquia federal criada em 10 de outubro de 1956 e vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Como órgão superior de planejamento, orientação, supervisão e fiscalização, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e licencia, fiscaliza e controla a atividade nuclear no Brasil. A CNEN desenvolve ainda pesquisas na utilização de técnicas nucleares em benefício da sociedade.

A missão da CNEN: “Garantir o uso seguro e pacífico da energia nuclear, desenvolver e disponibilizar tecnologias nuclear e correlatas, visando o bem estar da população”, traduz a preocupação com a segurança e o desenvolvimento do setor, orientando sua atuação pelas expectativas da sociedade, beneficiária dos serviços e produtos.

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