Fogo destrói armazéns e deixa ao menos quatro feridos no porto de Santos em São Paulo

Uma explosão ocorrida por volta das 6h desta sexta-feira (18) provocou um incêndio de grandes proporções em armazéns do porto de Santos (72 km de São Paulo). Ainda não se sabe o que causou o estouro, que aconteceu no armazém 20/21 e se espalhou para os armazéns VI, XI e XXI no bairro Paquetá. Segundo […]

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Uma explosão ocorrida por volta das 6h desta sexta-feira (18) provocou um incêndio de grandes proporções em armazéns do porto de Santos (72 km de São Paulo). Ainda não se sabe o que causou o estouro, que aconteceu no armazém 20/21 e se espalhou para os armazéns VI, XI e XXI no bairro Paquetá.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo foi controlado por volta das 11h. Equipes da corporação fazem trabalho de rescaldo no local, sem previsão de horário para terminar.

Três armazéns ficaram completamente destruídos e um quarto também foi atingido. Cada prédio tinha 9 mil metros quadrados, ainda de acordo com os bombeiros. Foi preciso bombear água do mar para ajudar no combate às chamas.

A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), estatal federal que administra o porto, diz que quatro pessoas ficaram feridas. Uma delas teria sofrido queimaduras da cintura para cima e foi levada para a Santa Casa de Santos. Outras duas também foram encaminhadas para hospitais da região e uma foi liberada.

Os armazéns atingidos fazem parte de um complexo movimentador de açúcar da empresa Copersucar que está inoperante devido à destruição. O produto é altamente inflamável. A fumaça escura pode ser vista de diferentes pontos de Santos e se espalha para a margem oposta do porto, no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá (86 km de São Paulo). Há cheiro de açúcar queimado na região atingida.

“Vi uma fumaça preta no céu e achei que fosse de um navio. De repente a fumaça se alastrou, e vi o armazém pegando fogo”, disse Alair Teresinha Luiz, vendedora de lanches que trabalha em frente ao local do incêndio.

Alguns comerciantes que atuam na região estão sendo retirados a pedido da Guarda Portuária por motivos de segurança. Patrícia Lima da Silva Santos, dona de três carros de lanche, teve o trabalho afetado. “Vou deixar de faturar R$ 500 por dia. Fico preocupada, porque não sei quando terminará o incêndio e quando poderei voltar”.

Segundo a Codesp, o fogo teve início em um esteira de transporte que leva cargas de um armazém a outro. Essas esteiras possuem material de borracha entrelaçada com lona. O teto do armazém 11, que tinha capacidade para 100 mil toneladas de açúcar, desabou.

Os armazéns atingidos, com capacidade variando entre 50 mil e 100 mil toneladas, abrigavam no momento do incêndio cerca de 300 mil toneladas de açúcar. A Codesp diz que esse é o incêndio com maiores proporções já ocorrido na história do porto de Santos. Segndo a administradora, o porto, que possui 62 terminais arrendados operados por empresas privadas, continua funcionando normalmente.

Equipes do Corpo de Bombeiros com 25 viaturas e 60 homens, do PAM (Plano de Auxílio Mútuo, composto por brigadas de empresas portuárias) e da Guarda Portuária trabalharam no local para controlar as chamas.

Por meio de comunicado, a Copersucar disse que quatro brigadistas ficaram feridos, sem gravidade, e já estão sendo atendidos. “As causas do incêndio estão sendo apuradas”, disse a assessoria da Copersucar por meio de nota.

Os contratos futuros de açúcar demerara, primeiro vencimento, cotados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), subiam 2,42% por volta das 10h59. Segundo traders, o incêndio no Porto de Santos contribui para impulsionar as cotações da commodity.

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