O Fundo Monetário Internacional reduziu nesta quinta-feira a previsão de crescimento da Itália e pediu para o país acelerar as reformas, alertando que as perspectivas continuam fracas, o desemprego está “inaceitavelmente alto” e o sentimento do mercado é “frágil”.

O FMI prevê que a economia se contraia 1,8% este ano e cresça 0,7% no próximo, comparado com a projeção anterior de contração de 1,5% em 2013.

“Acelerar a reforma será essencial para estimular o crescimento e criar empregos,” disse o FMI em um relatório depois de sua missão na Itália.

O Fundo afirmou que o começo da recuperação pode se dar no final deste ano, em grande parte devido às exportações e o aumento do investimento por causa do pagamento de dívidas públicas.

Indo contra a atual política de governo, a entidade com sede em Washington disse que se opõe a uma isenção de impostos sobre a propriedade para residência primárias.

“O imposto sobre a propriedade das residências primárias deve ser mantido porque é mais eficiente se comparado a outros impostos”, afirmou Kenneth Kang, diretor assistente do departamento europeu do FMI.

O FMI também pediu mais privatizações para estimular os cofres do Estado.

“Os riscos para a perspectiva estão inclinados para o lado negativo”, disse o FMI.

Possíveis obstáculos no futuro podem incluir problemas políticos, aumento da pressão sobre os bancos de investimento e um endurecimento do crédito.

Uma recessão prolongada aumentaria os empréstimos de cobrança duvidosa, especialmente para pequenas empresas e o setor da construção e aumentar as preocupações sobre a posição fiscal do país.