Financiamentos de grãos contarão com juros menores no País

Programa BNDES Cerealistas terá mais R$ 1 bilhão de orçamento. Prazos de pagamento foram ampliados: de 144 para 180 meses. Com o intuito de financiar a construção e a ampliação de silos, a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou alteração no Programa de Incentivo à Armazenagem para Empresas Cerealistas Nacionais […]

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Programa BNDES Cerealistas terá mais R$ 1 bilhão de orçamento. Prazos de pagamento foram ampliados: de 144 para 180 meses.

Com o intuito de financiar a construção e a ampliação de silos, a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou alteração no Programa de Incentivo à Armazenagem para Empresas Cerealistas Nacionais (BNDES Cerealistas), que passa a operar no âmbito do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI).

Com esta nova versão do programa, os produtores de grãos contarão com uma linha de crédito mais barata, já que a taxa de juros passa de 5% ao ano (TJLP) acrescida das remunerações do BNDES e do Agente Financeiro, na versão anterior, para 3,5% ao ano.

O total de recursos disponíveis para financiamento com a nova taxa de juros foi fixado em R$ 1 bilhão, além dos R$ 500 milhões já disponíveis para contratação com a taxa anterior.

O prazo de pagamento será de 180 meses, incluindo a carência de até três anos, o que também representa uma melhora, já que o prazo total anterior era de 144 meses. As novas condições passarão a valer para operações contratadas até 31 de dezembro próximo.

Foco em empresas com sede no Brasil

Os beneficiários serão empresas cerealistas, com sede e administração no Brasil, que exerçam as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar produtos in natura de origem vegetal.

A alteração foi aprovada, inicialmente, pelo Conselho Monetário Nacional, em sua reunião no último dia 28, e agora referendada pela diretoria do BNDES.

O BNDES Cerealistas foi criado em abril de 2008, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e a modernização do setor de armazenagem nacional, bem como a ampliação de sua capacidade.

De 2008 até o final de abril deste ano, foram registradas 106 operações, para as quais o BNDES desembolsou R$ 221,8 milhões.

A iniciativa BNDES Cerealistas

O programa BNDES PSI reduziu as taxas de juros no apoio a bens de capital, inovação e exportação.

Entre os objetivos da ação constam: apoio ao desenvolvimento e a modernização do setor de armazenagem nacional efetuado por empresas comerciais cerealistas nacionais que trabalham diretamente com o produtor rural integrado e suas cooperativas; ampliação da capacidade de armazenamento nacional no segmento que atende diretamente ao produtor rural, o que a curto e médio prazos minimizará as pressões logísticas ocorridas nos períodos de safra.

Clientes

São empresas cerealistas e cooperativas agropecuárias nacionais que exerçam cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar produtos in natura de origem vegetal.

Pequenos produtores

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estimula os pequenos proprietários dos assentamentos a produzirem alimentos para mercados específicos, com maior valor agregado. Existem diversos exemplos de projetos agrários bem sucedidos com a adoção desse modelo.

Em um assentamento no Sudoeste do Paraná, por exemplo, há uma produção de soja orgânica, que está sendo exportada para o Japão.

Em outro assentamento, no Noroeste de Santa Catarina, as vacas leiteiras são alimentadas somente com pasto e sais minerais, sem o uso de rações, o que resulta num leite mais saudável, atendendo a parcela de consumidores cada vez mais exigentes.

O Incra tem investido em parceira com universidades e entidades de pesquisa, na formação de técnicos qualificados para prestar assistência a assentamentos como esses, baseados em modelos sustentáveis. (BNDES)

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