O Governo Federal faz uma política diversionista, querendo transferir a responsabilidade da crise política para o Congresso Nacional”, afirmou nesta quinta-feira em discurso da tribuna do Senado, comentando a proposta de realização de um plebiscito para mudar o sistema eleitoral no Brasil.Segundo o senador, “o povo reclama de uma coisa e o Governo tenta mudar de assunto”, reiterando que “o debate tem outro cerne”, visto que as ruas estão na verdade preocupadas com “processo inflacionário, que leva carestia aos lares; com o aviltamento ético e moral que desagua na corrupção desenfreada.

Com a segurança pública precária que não pode ficar só nas costas dos Estados, a quebra do sistema federativo que se acentua”, acrescentando ainda as questões da saúde e da educação.De acordo com o senador sul-mato-grossense “é claro que a reforma política não soluciona os múltiplos reclamos do povo hoje nas ruas pleiteando o fim da corrupção.

A mobilidade urbana, sobretudo nas metrópole”.Para Figueiró, menos impostos, mais eficiência na administração, e presteza nas decisões judiciais por meio de reformas profundas na ação processual do Judiciário podem ter mais ressonância do que qualquer reforma eleitoral neste momento.Mesmo assim, Figueiró reconhece que tudo isso, evidentemente, só pode ser atingido com a regulação do sistema político do Estado, e o caminho deve ser o da mudança gradual do sistema representativo. No fim, o senador questiona: não seria oportuno a análise do regime parlamentarista?”