Fifa anula amistoso entre Espanha e Guiné Equatorial

A vitória da Espanha sobre Guiné Equatorial por 2 a 1 em amistoso realizado no dia 16 de novembro deste ano teve vários motivos para ser histórica. Para a Fifa, porém, o jogo não vale mais. Segundo o jornal “El Confidencial”, a entidade máxima do futebol mundial resolveu desconsiderar o duelo porque o árbitro escolhido […]

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A vitória da Espanha sobre Guiné Equatorial por 2 a 1 em amistoso realizado no dia 16 de novembro deste ano teve vários motivos para ser histórica. Para a Fifa, porém, o jogo não vale mais. Segundo o jornal “El Confidencial”, a entidade máxima do futebol mundial resolveu desconsiderar o duelo porque o árbitro escolhido não preenchia os critérios necessários.

O jogo foi apitado por um juiz da Guiné Equatorial, o que é permitido pela Fifa. No entanto, de acordo com o “El Confidencial”, a federação local não informou o nome à entidade internacional com a antecedência necessária.

A Fifa já retirou de seu site o registro do jogo, mas ainda não oficializou a anulação do amistoso.

A partida entre Espanha e Guiné Equatorial foi marcada por uma série de histórias curiosas. A começar pelo equilíbrio: os mandantes chegaram a empatar o jogo no primeiro tempo, em uma cabeçada do zagueiro Jimmy Bermúdez, nascido na Colômbia e naturalizado guineense.

Os atuais campeões mundiais voltaram a estar na frente ainda no primeiro tempo, mas nenhum dos gols deles foi tão festejado quanto o de Bermúdez. Até porque o zagueiro ganhou 50 mil euros (R$ 156 mil) pelo feito.

O prêmio foi oferecido pelo vice-presidente do país, Teodoro Nguema Obiang, filho do presidente Teodoro Obiang Nguema. Ele havia prometido 5 milhões de euros (R$ 15,6 milhões) aos jogadores se a seleção da casa vencesse.

A questão financeira, contudo, foi apenas um detalhe no jogo. A Espanha abriu o placar aos 13min da etapa inicial, em chute de Cazorla. Ele contou com uma falha do goleiro Danilo, nascido no Brasil, reserva do Serra Talhada no Campeonato Pernambucano.

Antes, a APDHE (Associação Espanhola para os Direitos do Homem) já havia pedido o cancelamento do jogo. A entidade alegou que Guiné Equatorial realiza tortura e prisões arbitrárias de pessoas que não apoiam o governo.

Com uma população de pouco mais de 600 mil habitantes, a Guiné Equatorial tira sua riqueza da extração do petróleo. Apesar disso, boa parte da população vive em condições de pobreza. O presidente Nguema, com 71 anos, é o dirigente político africano há mais tempo no poder. Ele assumiu o cargo em 1979, após um golpe de estado.

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