Festival do “Moti” preserva tradição japonesa de Ano Novo em Campo Grande

A Associação Cultural, Esportiva Nipo-Brasileira de Campo Grande (ACENB) promove nesta terça-feira (31) em sua sede socia o tradicional “Festival do Moti”. Trata-se de um dos festivais mais importantes de fim de ano da cultura japonesa. O evento é uma espécie de ritual de preparo artesanal do moti, um bolinho de arroz conhecido também como […]

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A Associação Cultural, Esportiva Nipo-Brasileira de Campo Grande (ACENB) promove nesta terça-feira (31) em sua sede socia o tradicional “Festival do Moti”. Trata-se de um dos festivais mais importantes de fim de ano da cultura japonesa.

O evento é uma espécie de ritual de preparo artesanal do moti, um bolinho de arroz conhecido também como “bolinho da prosperidade”. As famílias se reúnem em volta de um pilão para socar um arroz especial e produzir o moti. Esse é um importante ingrediente para as celebrações de ano novo.

O “Festival do Moti” acontece tradicionalmente no dia primeiro de janeiro, mas a AECNB resolveu antecipar neste ano para o dia 31 de dezembro. “Antecipamos um pouco a data desse evento porque as famílias tem suas reuniões com parentes no dia primeiro”, disse o presidente da entidade Acelino Sinjo Nakasato.

No Japão, sabe-se que o festival está desaparecendo aos poucos nas grandes cidades e as famílias passaram a comprar o moti industrializado para as celebrações.

Segundo Acelino, o “Festival do Moti” é uma forma de manter a tradição da cultura japonesa entre as famílias dos associados.

O evento é aberto aos interessados gratuitamente a partir das 9h00.

Preparo do Moti

O “moti” é preparado com um arroz especial, mais duro que o arroz comum. Este deve ser colocado de molho na água durante um dia e depois cozido no vapor.

A socagem no pilão representa uma das fases mais interessantes do ritual. Ela é feita com uma espécie de marreta de madeira. Socar o moti requer uma certa habilidade e coordenação por parte dos participantes. Enquanto uma pessoa soca, outra deve borrifar água e virar o arroz durante o intervalo da socagem. Isso serve para o arroz não grudar no bastão e no pilão.

Geralmente, o ritual da socagem do moti envolve muitas pessoas, que se revezam no trabalho. Essa participação tem a simbologia da união e do esforço das pessoas.

O moti fica pronto quando a pasta de arroz se transforma em uma massa lisa e firme. A partir daí, a massa é cortada em bolinhos, que são enrolados e farinhados com amigo de milho, em tamanhos variados conforme a sua utilização.

O “moti tsuki” no último dia do ano tem a finalidade de produzir o moti para se fazer o “ozooni” , uma das principais simbologias da culinária japonesa do Ano Novo. O moti é utilizado ainda para oferecer aos altares budistas.

Serviço

A Associação Esportiva e Cultural Nipo Brasileira de Campo Grande está localizada na Rua Antonio Maria Coelho, 1068, centro. Mais informações: 3321-3253.

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