Fazendeiros se reúnem com políticos para definir mobilizações contra ação de indígenas
Cerca de 300 produtores rurais de Mato Grosso do Sul estão reunidos na tarde, desta sexta-feira (01), em Iguatemi, distante 466 quilômetros de Campo Grande, com deputados da bancada ruralista para discutir as ocupações de terra no município de Japorã, distante 477 quilômetros da Capital. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, […]
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Cerca de 300 produtores rurais de Mato Grosso do Sul estão reunidos na tarde, desta sexta-feira (01), em Iguatemi, distante 466 quilômetros de Campo Grande, com deputados da bancada ruralista para discutir as ocupações de terra no município de Japorã, distante 477 quilômetros da Capital. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, Hilário Pariri, novas mobilizações também serão discutidas durante o encontro.
Dede quarta-feira (30), produtores rurais da região do Cone Sul do Estado estão acampados na ponte que divide as cidades de Japorã e Iguatemi como forma de protesto as ocupações da região.
Os deputados estaduais Zé Texeira (DEM), Mara Caseiro (PT do B) e Márcio Monteiro (PSDB) estão presentes na reunião. Produtores de Amambai, Ponta Porã, Sete Quedas, Antonio João e Campo Grande também estão no local. A Famasul está representada pelo diretor secretário, Ruy Facine.
“O clima de reunião é de indignação. Estamos discutindo questões jurídicas. Mas vamos falar de novas mobilizações”, afirma Hilário.
De acordo o presidente do sindicato, são 14 fazendas ocupadas em Japorã. As propriedades começaram a ser invadidas há aproximadamente 15 dias por índios da etnia Guarani-Kaiowá. A Funai (Fundação Nacional do Índio) registrava até o dia 28 apenas nove ocupações. Conforme a entidade, a Polícia Federal acompanha o as ações e o clima é pacífico.
Conforme a Funai, a Terra Indígena Yvy Katu compreende 9.494 hectares de área declarada, fundamentada em estudos antropológicos e perícia judicial, que identificaram a presença da etnia Guarani Kaiowá no local, no período da colonização da região. O processo de homologação do local foi interrompido sucessivas vezes por recursos judiciais e se estende por 29 anos.
Na semana passada, o Ministério Público Federal requereu, através de ação civil pública, a ocupação definitiva pelos indígenas e pediu o bloqueio imediato de R$ 3.218.028,17 dos cofres da União para a indenização à Agropecuária Pedra Branca, que usufrui de parte da área onde está localizada a terra indígena.
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