Fazendeiros acampados em ponte de MS prometem ‘importar’ manifestantes do sul

Cerca de 100 produtores rurais da região do Cone Sul do Estado continuam acampados desde a última terça-feira (29), na ponte que divide as cidades de Japorã e Iguatemi – distante a 466 km de Campo Grande, em protesto contra as invasões indígenas nas propriedades da região. Produtores rurais do Paraná, Santa Catarina e Rio […]

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Cerca de 100 produtores rurais da região do Cone Sul do Estado continuam acampados desde a última terça-feira (29), na ponte que divide as cidades de Japorã e Iguatemi – distante a 466 km de Campo Grande, em protesto contra as invasões indígenas nas propriedades da região.

Produtores rurais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão chegando ao Estado para dar apoio aos fazendeiros e pressionar o Governo Federal a tomar uma decisão em relação às terras invadidas.

Segundo o advogado do Sindicato Rural de Iguatemi, Alex Fernando da Silva, são 14 fazendas ocupadas em Japorã. As propriedades começaram a ser invadidas há aproximadamente 15 dias por índios da etnia Guarani-Kaiowá e em apenas uma delas, o proprietário conseguiu permanecer no local.

Ainda segundo o advogado do Sindicato Rural, alguns proprietários rurais já entraram com pedido de reintegração de posse e eles aguardam a decisão da Justiça. Para a sexta-feira a partir das 14h está marcada uma grande mobilização com todos os produtores, inclusive os de outros Estados para chamar a atenção do governo para o conflito na região.

Os ruralistas pretendem fechar o comércio para que o setor compareça e ajude os produtores nesse protesto e pedir que as autoridades resolvam a questão com urgência e se evite confrontos entre os fazendeiros e os índios.

De acordo com o proprietário da Fazenda São José, Ivagner Varago, que teve sua fazenda invadida no último domingo, a situação está crítica e os índios têm matado muitos animais. “Aqui está uma matança incontrolável, do meu rebanho 16 cabeças de gado os índios já mataram”, desabafa Varago.

Para o fazendeiro é preciso de uma solução urgente para o conflito, pois os indígenas estão muito agressivos com as pessoas e não deixam ninguém entrar nas propriedades. “Os índios bateram no filho de um funcionário meu sem motivo, desse jeito a situação só piora”, relata.

Conforme a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), com as invasões dessa semana já se soma 73 as propriedades privadas ocupadas pelos indígenas no Estado. Deste total, 15 fazendas foram invadidas após o acordo firmado entre indígenas e produtores rurais em junho deste ano com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de cessar as invasões para que uma solução concreta fosse apresentada pelo Governo Federal.

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