Fazenda e Agricultura negociam preço mínimo do café

Os ministérios da Agricultura e da Fazenda ainda discutem um novo preço mínimo para o café, disse à Reuters uma fonte próxima às discussões nesta sexta-feira, e um anúncio pode ser feito no final do dia caso um acordo seja alcançado. A fonte, que pediu para não ser identificada por não ter autorização para falar […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Os ministérios da Agricultura e da Fazenda ainda discutem um novo preço mínimo para o café, disse à Reuters uma fonte próxima às discussões nesta sexta-feira, e um anúncio pode ser feito no final do dia caso um acordo seja alcançado.

A fonte, que pediu para não ser identificada por não ter autorização para falar sobre o assunto, disse que o Ministério da Agricultura está buscando um preço de 340 reais por saca de 60 kg, aderindo ao procedimento habitual de seguir o cálculo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre custos. O Ministério da Fazenda está buscando um nível entre 304 e 310 reais, disse a fonte.

Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura chegou a agendar uma entrevista com o ministro Antônio Andrade, na qual seria anunciado um novo preço mínimo do café, mas logo depois o evento foi cancelado.

Em nota, a assessoria de imprensa do ministério não explicou o motivo do cancelamento.

O preço mínimo é utilizado para a formulação de uma política de sustentação das cotações no maior produtor e exportador global da commodity.

Uma elevação do preço mínimo é aguardada por agricultores do Brasil, que sofrem com preços internacionais oscilando perto da mínima de três anos, após uma safra recorde no país e com a proximidade de uma nova grande colheita.

A alta no preço mínimo do café poderá viabilizar algumas ferramentas governamentais de apoio ao setor, como os leilões de contrato de opção de venda.

Atualmente o preço mínimo do café arábica está em 261,69 reais, enquanto os preços praticados no mercado do arábica estão ao redor de 300 reais por saca.

O Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que reúne produtores e cooperativas, pede que o mínimo seja reajustado para 340 reais por saca.

Conteúdos relacionados