Falta de vaga e preço alto para estacionar atrapalham compras de fim de ano na Capital

Com as compras de fim de ano, estacionar em Campo Grande fica ainda mais complicado. Motoristas reclamam do preço alto e, principalmente, da falta de vagas. Em dezembro, diferentemente dos demais meses do ano, a disputa por lugar não é maior apenas na primeira quinzena. No centro, é um dos principais motivos para os clientes […]
| 18/12/2013
- 15:10
Falta de vaga e preço alto para estacionar atrapalham compras de fim de ano na Capital

Com as compras de fim de ano, estacionar em fica ainda mais complicado. Motoristas reclamam do preço alto e, principalmente, da falta de vagas. Em dezembro, diferentemente dos demais meses do ano, a disputa por lugar não é maior apenas na primeira quinzena. No centro, é um dos principais motivos para os clientes desistirem das compras.

“Complicado, todavia não tem opção, já que não há muitas vagas. O preço também é algo que chama a atenção. Fiquei nem dez minutos e vou pagar R$ 5,00. Na rua também pagaria”, diz a empresária Patrícia Costa Abreu, de 36 anos.

No estacionamento que Patrícia deixou seu carro, de duas a três pessoas são atendidas por minuto. No local, que tem cem vagas disponíveis, dois homens orientam com rádios os nove manobristas e ninguém fica parado nem um minuto.

 

“Estou nesse ramo há 15 anos, sendo quatro aqui. Fim de ano muda muito o movimento e por isso contratamos mais funcionários para atender bem e com agilidade. Não atendemos mensalista ou pernoite, apenas avulso, porque a procura é grande”, comenta o funcionário Márcio Reginaldo. Apesar do ritmo acelerado, ele garante que gosta do que faz.

Sem carro

‘Traumatizados’ com a dificuldade para achar vagas na rua, entre as 2.246 disponíveis de segundo a prefeitura, alguns clientes desistiram de ir ao centro com o carro. O custo do estacionamento é por exemplo um dos fatores que pesam para a assistente administrativa Dirlene Freire, de 57 anos. Em dezembro, ela prefere o táxi.

 

“É um preço exorbitante, sendo que até nos estacionamentos pode não ter a vaga. Prefiro deixar o carro em casa e vir de outro jeito nessas épocas de procura grande no centro. Em dezembro nem se fala. No fim das contas vale o custo-benefício”, relata.

A escassez por espaço não é uma exclusividade dos carros. Para motociclistas, o estacionamento também preocupa no dia que decidem comprar no centro da cidade, em dias que o comércio esteja mais aquecido por datas especiais. A cozinheira, Ângela Alves, 53 anos conta que no local paga mais caro do que nos shoppings para guardar sua moto.

“Precisa saber o dia que vai vir para se organizar porque gasta. Esses dias precisei fazer compras no centro e paguei R$ 10,00 de estacionamento. É um custo que a gente não conta”, reclama.

 

Fora da área que tem mais lojas, outro estacionamento não reclama da demanda que é naturalmente preenchida por funcionários dos prédios vizinhos e clientes das empresas próximas. Com um volume menos intenso de procura, a empresa se dá ao luxo de não ter manobristas, apenas dois funcionários que controlam a entrada e a saída dos carros nas vagas.

“O próprio cliente estaciona e não temos problema com isso já que o nosso pátio é bem espaçoso. Alguns deles pedem pra ficarmos olhando no entanto avisamos que há um vídeo monitoramento, como na maioria dos estabelecimentos hoje e com isso ficam tranquilos. Existe uma diferença de procura na primeira quinzena de todo mês e pra nós não muda muito próximo das compras de Natal. Porém, a maioria dos carros é de clientes dos prédios vizinhos ou funcionários”, explica o atendente Wellinton Farias, de 19 anos.

Shoppings

Nos três principais shoppings da Capital há 5 mil e 800 vagas de estacionamento. O que oferece maior número de opções é o Shopping Campo Grande, com 2.400 vagas, enquanto o Bosque dos Ipês tem 2.000 vagas e o Norte Sul Plaza 1.400.

Em dezembro, especialmente nos fins de semanas, a disputa é grande e procurar um local para estacionar depende de sorte e muita busca. Para isso os centros comerciais há alguns anos criaram a figura do Operador de Tráfego que auxilia clientes sobre os espaços disponíveis e locais exclusivos.

“A nossa colaboração não é só pra vagas comuns, pois há também as vagas para portadores de necessidades especiais e as de idosos. Nosso treinamento inclui até informações das lojas, dos setores dos shoppings e somos orientados a sermos prestativos se o cliente tiver alguma dificuldade extra”, afirma Wilson José, de 39 anos que atua na profissão dentro do Norte Sul Plaza, o qual oferece 16 funcionários para essa organização.

O serviço entretanto não convence alguns consumidores que preferem se precaver de dias com maior movimento, principalmente para não se desgastar a procura de vagas para estacionar. Dessa maneira comprar os presentes de Natal em horários alternativos e dias de semana pode colaborar para que o cliente tenha maior comodidade.

“Todo mundo sabe que vai chegando perto do Natal e a procura pelos shoppings aumenta muito mais que o normal. Já cheguei a desistir e ir embora depois de rodar muito atrás de espaço para deixar o carro. Por isso acho melhor comprar tudo antes e se possível em dias de semana”, afirma a professora ,Verônica Machado Pereira, de 30 anos, que estava no shopping para trocar uma mercadoria.

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