Falta de treinamento e dificuldade para manter funcionários piora atendimento em Campo Grande

Um consumidor mais exigente, avanços da economia e a falta de treinamento nas empresas geram um aumento no número de reclamações com relação ao atendimento no comércio de Campo Grande. Empresários revidam explicando a dificuldade de manter e treinar mão-de-obra. O resultado é um acúmulo de reclamações nas redes sociais, no órgão de defesa do consumidor […]

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Um consumidor mais exigente, avanços da economia e a falta de treinamento nas empresas geram um aumento no número de reclamações com relação ao atendimento no comércio de Campo Grande. Empresários revidam explicando a dificuldade de manter e treinar mão-de-obra. O resultado é um acúmulo de reclamações nas redes sociais, no órgão de defesa do consumidor e sites especializados em queixas de consumo.

Mas será que é um fenômeno típico de Campo Grande?

“A Economia cresceu muito nos últimos dez anos e com isso as opções de emprego para funcionários que ganhem entre R$ 700,00 e R$ 900,00 aumentou muito. Esse profissional dessa faixa sabe que se ele sair de um lugar será facilmente absorvido pelo Mercado o que incentiva um certo descomprometimento com relação a empresa. Por outro lado o empresário não busca motivar um envolvimento do empregado com um níveis salariais adequados e treinamento o que reflete na relação direta com o cliente”, diz o especialista em Recursos Humanos e Gestão Empresarial, Luciano Coppini.

A empresa de Luciano presta assistências para empresas sobre atendimento e qualidade nos processos internos. Para isso a consultoria mapeia os problemas no estabelecimento e mostra ao dono do negócio os motivos que ocasionaram os problemas enfrentados.

Outra opção para o empresário além da contratação de consultoria, é o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O órgão oferece palestras, oficinas e cursos direcionados para atualização profissional de patrões e funcionários. Algumas das opções são gratuitas enquanto outras exigem um investimento por aluno. Com carga horária de 15 horas o treinamento de ‘Atendimento ao Cliente’ custa R$ 60,00, por exemplo.

“O investimento em capacitação precisa ser contínuo porque o Mercado é dinâmico e o próprio cliente muda com o passar do tempo, o que exige das empresas atualização. O Brasil cresceu, surgiram novas oportunidades de negócio e novos clientes porém não houve nos últimos anos uma preocupação com investir em tecnologia e mão-de-obra. Por outro lado que horas esse funcionário que trabalha tanto vai se capacitar? Falta um pouco ao brasileiro ainda essa preocupação em se aprimorar constantemente”, explica o consultor do órgão, Paulo Régis.

Espelho perto

Maria do Socorro, de 58 anos, tem obtido assistência do Sebrae para a abertura de seu negócio. Seu ramo será a venda de calçados porta a porta, onde o relacionamento com o cliente é fundamental para a manutenção da clientela e escalada do faturamento. A inspiração para a empreitada é o crescimento da empresária Anita, que fundou a Anita Calçados há 24 anos.

“Eu vi o começo dela, pois trabalhava no colégio que o filho dela estudava. É uma pessoa muito dinâmica, que sabia como tratar cada um. Fazia do carro dela uma loja e chegou a este patamar que todo mundo conhece. Se um dia eu viver o privilégio de ter vários funcionários quero que tenham a minha motivação e o meu respeito pelo cliente. Acho que na Anita ele conseguem passar isso para a equipe” diz a empreendedora individual, que pode neste formato de empresa contratar até um colaborador.

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