Falta de estrutura e médicos é principal problema do Posto de Saúde das Moreninhas
A falta de estrutura e de médicos pediatras aos fins de semana é o principal problema que os habitantes do bairro Moreninhas, que chega a 23 mil, conforme o último censo do IBGE/2010, enfrentam ao buscar atendimento no Posto de Saúde das Moreninhas. A situação calamitosa foi constatada pelos deputados estaduais que compõem a CPI […]
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A falta de estrutura e de médicos pediatras aos fins de semana é o principal problema que os habitantes do bairro Moreninhas, que chega a 23 mil, conforme o último censo do IBGE/2010, enfrentam ao buscar atendimento no Posto de Saúde das Moreninhas. A situação calamitosa foi constatada pelos deputados estaduais que compõem a CPI da Saúde (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa que desde cedo estão visitando os postos de saúde de Campo Grande.
Segundo o deputado Amarildo Cruz (PT), a principal reclamação no Posto das Moreninhas é a estrutura física. Ele relata que conforme a enfermeira chefe, Emannuela Lopes, a questão é tão grave, que ela contou que algumas vezes os funcionários já tiraram dinheiro do bolso para comprar material e fazer o atendimento. Ele revela que a situação não pode ficar desta forma e vai chamar os gestores e responsáveis para explicar o que está acontecendo.
A enfermeira explica que todas as vezes que procura a secretaria para pedir material ou reclamar de algum problema é orientada a ter calma, pois o UPA das Moreninhas está preste a ser concluído e tudo se resolverá. “Tudo gira em torno da inauguração do UPA da Moreninha, que estava previsto para ser inaugurado em agosto de 2012. Se a gente pede manutenção, eles pedem calma que já já a UPA vai inaugurar”, diz.
Segundo ela, a equipe dá conta de atender mais gente, mas a estrutura não permite. “A sala de emergência só comporta um paciente por vez. Minha equipe até dá conta de atender mais gente, mas não cabem mais pacientes no local. Não tem ambulância própria. Mesmo fazendo atendimento 24 horas. Se chega atendimento de alta complexidade é preciso chamar ambulância do UPA Universitário para ir até a Moreninha e fazer o transporte. Moreninha atende todos os bairros até o macroanel. São cerca de 90 a 100 pacientes a cada período de 6 horas”, revela.
Amarildo diz que vai cobrar o porquê do atraso. Se houve demora na liberação de recursos para terminar a UPA ou se houve recurso e porquê não foi terminado. Ele disse que também vai verificar a falta de ambulância.
Pediatria e Psiquiatria
No posto têm quatro clínicos gerais por período que atendem os pacientes e três pediatras todas as noites. A falta do médico infantil ocorre nos fins de semana, durante a noite. A falta do especialista causa transtorno às mães que precisam procurar atendimento em outro posto. Com cerca de 70 mil habitantes no entorno do bairro, quem precisar de pediatra no fim de semana nem adianta procurar a unidade.
Quem precisar de psiquiatria também não tem para onde correr. “Não tem pediatra no período noturno aos fins de semana, falta de atendimento em psiquiatria. Não são horas que se espera, são dias, em busca de atendimento no Caps III”, revela a enfermeira chefe.
A falta de raio-x é outro problema que dificulta o atendimento. Como chegam muitos pacientes de traumas no local é preciso deslocá-los porque não tem o aparelho.
Comunidade
Apesar das constatações, dona Feliciana Torres, de 75 anos, diz que sempre que procura atendimento na Moreninha, é bem atendida. Ela mora no bairro Centro-Oeste e vai até o local porque em seu bairro não tem posto de saúde.
O também aposentado Amadeo Lopes Santana, 77 anos, mora no Cidade Morena e foi ao posto porque está gripado. Ele diz que espera cerca de uma hora para ser atendido toda fez que procura o posto. “Acho que é porque sou idoso”. Diz.
O prestador de serviço Ricardo Rezende, 35 anos, diz que por ser mais jovem o atendimento demora mais, espera em media duas horas por um clinico geral.
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