Exposição apresenta cenas da vida de pessoas com deficiência na capital paulista
O namoro no banquinho ao pôr do sol, o casamento, uma conversa na rua. Essas são algumas das cenas da exposição Vidas em Cenas, que retrata momentos da vida de pessoas com deficiência e pode ser vista até o dia 31 de março no Memorial da Inclusão, zona oeste paulistana. “As pessoas ditas normais olham […]
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O namoro no banquinho ao pôr do sol, o casamento, uma conversa na rua. Essas são algumas das cenas da exposição Vidas em Cenas, que retrata momentos da vida de pessoas com deficiência e pode ser vista até o dia 31 de março no Memorial da Inclusão, zona oeste paulistana. “As pessoas ditas normais olham para a pessoa deficiente com dó, como se não pudesse casar, não pudesse ser feliz”, destaca a modelo e atriz Priscila Menucci, uma das retratadas na exposição.
A foto favorita de Priscila não é, no entanto, a sua própria, posando ao lado de manequins. Ela gosta muito da imagem que mostra o casamento de uma cadeirante. Para ela, uma comprovação para quem ainda duvida da felicidade das pessoas com deficiência. O riso permeia até o trabalho da atriz, que prefere atuar em comédias, seja no teatro ou na TV. “Prefiro o humor, chorar todo mundo sabe fazer”, diz a artista que tem nanismo.
A curadora do Memorial da Inclusão, Elza Ambrósio, explica que as 12 fotos fazem uma espécie de linha do tempo da pessoa com deficiência. “Desde muito cedo, criança, passando pela adolescência, vida adulta, escola, na vida profissional, namoro, casamento até velhice”, explica.
A exposição temporária é, segundo Elza, uma forma de receber o trabalho de outras pessoas que também se esforçam em prol dos direitos das pessoas com deficiência. “A ideia central do Memorial da Inclusão é falar do movimento social da pessoa com deficiência”, ressalta.
A curadora acrescenta ainda que tanto a exposição fotográfica, quanto a exposição permanente, que apresenta as conquistas dos deficientes no Brasil, podem ser apreciadas por qualquer pessoa. “Trabalhamos com desenho universal. Todas as pessoas que chegam neste espaço tem mobilidade. Se entra uma pessoa cega e que apreciar todos os painéis, ela pode ir sozinha, porque tem o piso tátil”, exemplifica. Além de serem de altura apropriada para cadeirantes, os painéis do memorial contam com audiodescrição e textos em braile.
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