Exército isola vila onde Mandela será enterrado no domingo
O pequeno vilarejo de Qunu, a 900 quilômetros de distância de Johannesburgo, virou oficialmente uma zona militar. Os pouco mais de 200 habitantes têm dividido espaço nos últimos dias com uma estrutura jamais vista. Nesta sexta-feira, homens do exército desembarcaram de mais de 20 ônibus e cercaram o perímetro do local onde no próximo domingo […]
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O pequeno vilarejo de Qunu, a 900 quilômetros de distância de Johannesburgo, virou oficialmente uma zona militar. Os pouco mais de 200 habitantes têm dividido espaço nos últimos dias com uma estrutura jamais vista. Nesta sexta-feira, homens do exército desembarcaram de mais de 20 ônibus e cercaram o perímetro do local onde no próximo domingo será enterrado o ex-presidente Nelson Mandela.
A tranquilidade do local, acostumada apenas aos sons de cabras e ovelhas que são tocadas pelos moradores, foi abalada ainda com a chegada de helicópteros que fazem uma espécie de varredura aérea na tentativa de evitar qualquer brecha no esquema de segurança. No fim de semana, a operação ganhará o reforço de caças Gripen da Força Aérea sul-africana. Os jatos são os mesmos que a sueca Saab tenta vender ao Brasil há alguns anos.
Por volta das 13h (horário de Brasília) desta sexta-feira, houve o primeiro ensaio para o enterro. Dezenas de tanques, motos e patrulhas policiais saíram da cidade de Mthatha em direção a Qunu, a 35 quilômetros de distância. Canhões foram disparados já como prenúncio das honras de chefe de Estado que Mandela receberá em seu enterro.
Amanhã, a operação ganha uma nova proporção. O corpo do ex-presidente será transportado do Union Buildings, sede do governo sul-africano e onde foi velado nos últimos três dias, para a base aérea de Waterkloof, em Pretória, onde receberá a homenagem de mil membros do ANC (Congresso Nacional Africano, na sigla em inglês), o partido pelo qual se elegeu.
A viúva de Mandela, Graça Machel, e dez anciãos do clã Thembu do povo xhosa, ao qual pertence o ex-líder sul-africano, acompanharão o cortejo até a casa da família em Qunu. Mandla Mandela, neto mais velho do ex-presidente e o responsável por ficar ao lado de seu corpo durante o velório, será responsável por dizer a Mandela que ele “chegou a casa”. Os parentes farão então uma vigília durante o resto do dia.
No domingo, uma tenda branca com capacidade para 5 mil pessoas e que foi construída exatamente sobre o local onde Mandela será enterrado, receberá alguns chefes de Estado que participarão da cerimônia fúnebre. O príncipe Charles e o rei de Lesoto estão entre os convidados. Entre os líderes internacionais que confirmaram presença, estão o vice-presidente do Irã, Mohammad Shariatmadari; o da Nicarágua, Omar Hallesleven Acevedo.
O enterro não será televisionado a pedido da família. Ainda assim, cerca de 4 mil jornalistas foram credenciados para acompanhar os últimos momentos de Mandela. Uma estrutura foi montada para abrigar a imprensa dentro do Museu Nelson Mandela, no alto de uma colina com vista para a tenda onde o ex-líder será sepultado.
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