Ex-presidente chama Grêmio de “caloteiro”; Koff rebate e critica contrato

Quando tudo parecia definido, surgiram novos capítulos das relações ruins entre Grêmio e a parceira da gestão da Arena, a OAS. O ex-presidente Paulo Odone, idealizador do modelo de contrato com a empresa, criticou o atual mandatário, Fábio Koff, por declarações contra a postura da construtora. Por outro lado, Koff rebateu o inimigo político e […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Quando tudo parecia definido, surgiram novos capítulos das relações ruins entre Grêmio e a parceira da gestão da Arena, a OAS. O ex-presidente Paulo Odone, idealizador do modelo de contrato com a empresa, criticou o atual mandatário, Fábio Koff, por declarações contra a postura da construtora.

Por outro lado, Koff rebateu o inimigo político e afirmou que o acordo entre as partes é perverso para o time tricolor. Além disso, declarou que Odone defende os interesses da OAS, e não do clube gaúcho.

A relação entre Odone e Koff sempre foi de lados opostos. O primeiro sempre teve um discurso otimista com relação à parceria, enquanto o segundo, quando assumiu, deu entrevistas afirmando que a Arena não era do Grêmio. Neste fim de semana, Koff deu novas declarações, para a Rádio Gaúcha, criticando a parceira, que não permitiu promoção de ingresso para o jogo com o Corinthians, quarta-feira, pela Copa do Brasil. Ele disse que o Grêmio precisa pagar para jogar e pedir permissão para treinar no local.

Odone rebateu de maneira veemente. “O Grêmio, no início do ano, aplicou calote na OAS. Pediu e aceitou dinheiro deles. Não pagou o que deveria. E a cada trimestre aparece com déficit de R$ 30 milhões. Já estão em R$ 60 milhões e podem chegar a uma conta maluca de R$ 90 milhões na próxima reunião do Conselho Deliberativo”, disse Odone, na Rádio Gaúcha.

“Eu nunca vi um contrato tão bom quanto este para o Grêmio. Só uma das partes assume um eventual prejuízo, que é a OAS. E por 20 anos o Grêmio lucra dois terços com o estádio. Não precisa pedir licença para treinar. É só comunicar. Não é necessária agressão pelo microfone. É só comunicar”, continuou.

Koff tratou de rebater Odone. O dirigente disse que o modelo de contrato é “perverso” para o clube atualmente e que não renderá nenhum centavo aos cofres tricolores nos próximos oito anos. Além disso, criticou a postura do mandatário anterior.

“Quem esteve no Grêmio até ano passado defendeu interesses contrários do Grêmio publicamente. O presidente Odone age como se tivesse inventado a pólvora, achando que é um gênio. É um modelo de contrato perverso para o Grêmio. Eu estou julgando o contrato, mal elaborado, mal feito, com obrigações assumidas sem o conhecimento do presidente que viria depois. Quero que me prove que houve a reunião do conselho de dezembro, que discutiu as situações”, destacou Koff na Rádio Guaíba.

Polêmica dos ingressos

Koff tentou, sem sucesso, uma promoção de ingressos para o jogo com o Corinthians, nesta quarta. A solicitação para a parceira terminou até em demissão do diretor de marketing da Arena, Gilmar Machado, que havia concordado com o pedido gremista. Odone nega que seja necessário pedir permissão para diminuir o preço dos ingressos

“Não é verdade que eles se negam a abaixar. O preço do ingresso quem regula é o Grêmio. Eu recebi vários apelos pelo associado do Grêmio. Para não cobrar menos que o associado paga. Se fizesse isso, iria desestimular o quadro social”, destacou Odone.

A ideia de Koff era dar 22,5% de desconto aos gremistas, mesmo número de tricolores fanáticos que foi encontrado em pesquisa da Pluri Consultoria, o maior do Brasil. Ele não se conforma com a negativa da empresa.

“A minha revolta é que o espetáculo de quarta-feira deveria ter casa cheia, com um público que ainda não conhece a Arena. Para que ficasse marcado na mídia que o Grêmio é o clube com mais torcedores fanáticos, de 22,5%, que seria o desconto. O presidente do Grêmio pede que os ingressos fossem reduzidos e não é atendido”, destacou Koff.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados