Estudante sofre abuso na frente da professora em São Paulo

“Eu senti muita vergonha, porque todo mundo estava vendo o meu peito.” Foi assim que a aluna de 11 anos, do quinto ano da Escola Municipal em São Paulo respondeu sobre o que sentiu quando sete colegas tiraram a sua blusa e seu sutiã e tocaram seus seios dentro da sala de aula. Uma professora […]

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“Eu senti muita vergonha, porque todo mundo estava vendo o meu peito.” Foi assim que a aluna de 11 anos, do quinto ano da Escola Municipal em São Paulo respondeu sobre o que sentiu quando sete colegas tiraram a sua blusa e seu sutiã e tocaram seus seios dentro da sala de aula. Uma professora substituta estava no local e nada fez. A violência é investigada pela 4ª Delegacia da Mulher como abuso sexual.

O caso aconteceu dia 26 de setembro durante a aula de matemática. A estudante foi chamada por uma “colega” para o fundo da sala. Empurrada, foi cercada por cinco meninos e duas meninas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, todos os envolvidos estão “na faixa dos 10 anos”. Foi confirmado que pelo menos uma das meninas tem 14 anos. Outro menino também teria essa idade. A pasta, após ser confrontada com esses dados, informou ontem, cinco dias após o acontecido, não saber a idade exata dos alunos.

Os sete levantaram a blusa da estudante e começaram a pegar em seus seios. Ela gritou, mas não foi socorrida pela professora. A agressão só parou quando um dos meninos tentou colocar a mão dentro da calça da garota. “Eu estava menstruada. Fiquei com mais vergonha ainda. Empurrei um menino e só assim consegui sair.”

Na diretoria, enquanto ela contava o caso para o coordenador, uma das agressoras entrou na sala, várias vezes, para inibi-la. “Ela me esperou na saída para ver se eu tinha falado dela”, contou.

A agressão aconteceu por volta das 17h, mas a mãe da menina só ficou sabendo cerca de duas horas depois. Para ela, a família sofreu duas agressões. A segunda foi quando chegou na escola e os professores, segundo a mãe, foram hostis. “Eles falavam que ela tinha mudado e não estava indo bem nas matérias. Isso não justificava o que tinha acontecido.”

Depois que a agressão foi registrada na polícia, a escola procurou a família e informou que um psicólogo iria atender a criança. “Não quero só psicólogo. Quero outra escola para ela. Minha filha está com medo”, disse a mãe.

A delegada da 4ª DDM, Magali Celeghin Vaz, aguardava, o diretor da escola levar o nome dos pais dos alunos acusados pela menina.

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