Espetáculo em homenagem a Michael Jackson chega ao Brasil

A partir da próxima sexta-feira (22), o público brasileiro vai poder celebrar Michael Jackson. Estreia no Brasil, mais precisamente no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, o espetáculo Thriller Live Brasil Tour, que veio diretamente de West End, em Londres, para contar a história musical do Rei do Pop. Com um elenco montado sob medida […]

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A partir da próxima sexta-feira (22), o público brasileiro vai poder celebrar Michael Jackson. Estreia no Brasil, mais precisamente no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, o espetáculo Thriller Live Brasil Tour, que veio diretamente de West End, em Londres, para contar a história musical do Rei do Pop. Com um elenco montado sob medida para o Brasil, o musical tem alta qualidade de música, dança, iluminação e técnica.

“O Thriller Live representa o amor que Michael tinha pelos fãs”, conta Adrian Grant, amigo do cantor por 21 anos. Ele decidiu criar o espetáculo em 2005, quando a carreira de Jackson passava por uma de suas piores fases. “Queria fazer algo para mudar a imagem que ele tinha naquele momento” afirma, ressaltando que o público não vai ver a história da vida de Michael. “O que queríamos era trazer o espetáculo para o Brasil para garantir ao público a experiência de estar num show dele”, conta o produtor do espetáculo no Brasil, Edson Cabrera Junior.

E para que o espetáculo pudesse estrear no próximo dia 22 de fevereiro, foram necessários um ano e meio de muito trabalho e um gasto de cerca de R$ 10 milhões (bancados apenas por patrocinadores e sem recursos públicos, garante Cabrera). Do show original da Inglaterra, vieram cantores, músicos e o criador, além do coreógrafo Gary Lloyd e do diretor musical John Maher. “Foi a primeira vez que juntamos times de dois países diferentes. Os outros foram feitos apenas com atores ingleses”, conta Lloyd sobre o espetáculo que já rodou Estados Unidos,Índia, Japão e outras regiões da Ásia.

De acordo com os produtores, o trabalho de audição para escolher dois cantores, quatro meninos que pudessem representar Michael ainda menino, estourando nas paradas de sucesso com os irmãos, e 14 dançarinos, não foi fácil. “De 300 dançarinos tiramos 14, mas são os 14 melhores dançarinos do Brasil”, disse Lloyd. Na parte dos cantores, parece que o problema foi um pouco menor. “Em geral, fazemos seis ou sete audições. No caso do Brasil, ouvimos cinco notas e já decidimos o que queríamos”, disse John Maher sobre as escolhas da atriz Leilah Moreno, que ficou famosa pelo filme Antonia, e de Renato Marx.

Era fundamental que os escolhidos tivessem uma ligação com Michael Jackson. “Michael era perfeccionista e tudo precisava ser perfeito. Tínhamos que escolher um elenco que tivesse pelo show o mesmo amor que ele tinha”, conta o coreógrafo. Mas como encontrar essa paixão em meninos de 10, 12 anos? Essa foi a tarefa difícil. “Além disso, ainda tínhamos a barreira da língua, mas que o amor ao trabalho do Michael superou”, afirma Maher, dizendo que depois que as quatro crianças foram escolhidas tudo ficou mais fácil.

Durante o processo de montagem do espetáculo, a produção criou uma espécie de “Escola Michael Jackson”, para ensinar melhor o idioma, melhorar pronúncias e acertar o canto. “Não queria uma imitação do Michael, e pedi que cada cantor desse seu próprio toque em cada interpretação” diz Maher. Nos quatro números apresentados esta semana à imprensa, foi possível o cuidado artístico da produção.

O figurino, a coreografia e a iluminação foram cuidadosamente afinados ao gosto de Michael. “Sinto como se ele e Quincy Jones estivessem aqui, ao nosso lado.” Durante o espetáculo não faltam sucessos, como I’ll Be There, She’s Out of My Life, Wanna Be Starting Something, Billy Jean, Thriller, Black or White, Smooth Criminal e Human Nature, incluído apenas na versão brasileira do espetáculo.

Tem-se a mesma sensação dos atores. Tanto os brasileiros quanto os ingleses são apaixonados por Michael e nunca tiverem contato com ele, tendo apenas visto um show, um DVD. “Fugi de casa para vê-lo no Morumbi” conta Leilah Moreno. A cantora Zoe Birkett diz que não importa que língua eles falam: “importa o amor pelo Michael”. O cantor Adam Bernard diz que é possível sentir a presença do artista junto deles no palco. E quando começa Smooth Criminal, e vem o “Moonwalk”, é impossível não ficar arrepiado. No palco e na plateia.

O show fica no Rio de 22 de fevereiro a 7 de abril, vai passar por Belo Horizonte, com datas e locais ainda não confirmados, e segue para São Paulo, onde fica no Credicard Hall de 9 de maio a 23 de junho. O preço dos ingressos varia de R$ 100 a R$ 200, com meia entrada. A classificação é livre.

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