Enfermeiro da Santa Casa é acusado por família de agredir com tapa e soco paciente de 17 anos

Até os colegas do profissional teriam se assustado com a atitude que, segundo os familiares, foi registrada em relatório da enfermagem. O enfermeiro queria realizar exame sem sedação por falta de anestesia. O hospital prometeu apurar.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Até os colegas do profissional teriam se assustado com a atitude que, segundo os familiares, foi registrada em relatório da enfermagem. O enfermeiro queria realizar exame sem sedação por falta de anestesia. O hospital prometeu apurar.

Indignados com a agressão que o filho J.C. de 17 anos teria sofrido por parte de um enfermeiro, no interior da Santa Casa de Campo Grande, os pais procuraram a polícia para que o caso seja averiguado e os responsáveis punidos.

A denúncia foi formalizada depois que a mãe do adolescente, Fátima Aparecida Rodrigues, de 36 anos, vendedora, recebeu uma cópia do relatório do plantão. “Um funcionário da Santa Casa, indignado com a agressão da qual o meu filho foi vítima, me entregou a cópia do relatório do plantão. Nele consta detalhadamente o caso”, afirmou a mãe.

Vítima de acidente de moto, J.C chegou ao Pronto-Socorro da Santa Casa por volta das 18h30 do dia 14 deste mês. Depois de aguardar mais de três horas, foi levado para fazer exames de tomografia pelo enfermeiro identificado apenas como Fernando.

O enfermeiro teria solicitado que o técnico de radiologia fizesse os exames no paciente mesmo sem sedação, pois a anestesista não estaria disponível no momento. Com isso, o paciente teria sido deixado amarrado em uma prancha rígida (maca) aguardando uma decisão.

Segundo o relatório, “o enfermeiro Fernando parecia muito nervoso e alterado, passando o paciente para a mesa da tomografia computadorizada quando este tentou levantar-se por conta da desorientação, quando o enfermeiro Fernando desferiu um tapa e um soco no peito do paciente, seguido por gritos e palavrões. O paciente começou a chorar dizendo que estava doente. O enfermeiro Fernando apertou a mão do paciente contra a prancha para tentar conter o mesmo”.

No relatório é possível observar que os próprios companheiros de trabalho do enfermeiro temiam intervir, “devido à grande alteração do enfermeiro Fernando, não falamos nada para impedi-lo para evitar possíveis piores agressões”.

O boletim do plantão é encerrado com a afirmação de que o técnico de radiologia conversou com o paciente, conseguiu acalmá-lo e assim conseguiu realizar o exame às 22h48. Os exames foram tomografia computadorizada de crânio, face e cervical.

“Nós estamos buscando providências para evitar que fatos semelhantes se repitam. Da mesma forma que ele bateu no meu filho, pode bater em muito mais gente que passar por lá”, afirmou a mãe Fátima Rodrigues.

Quanto ao fato do menor estar pilotando a moto, Fátima afirma que uma coisa não tem nada a ver com a outra. “Este é outro assunto que não vem ao caso agora, mas estamos prontos para responder. Mas isto não impede que busquemos providências quanto à agressão que ele sofreu por parte do funcionário do hospital”, afirmou.

J.C, que sofreu escoriações e lesão no pulso por conta da queda da moto, recebeu alta na segunda-feira e se recupera em casa.

De acordo coma assessoria de imprensa da Santa Casa, a direção do hospital já abriu sindicância para apurar os fatos e, se for o caso, aplicar as punições cabíveis.

Conteúdos relacionados