O empresário Paulo Nobre, 44 anos, foi eleito nesta segunda-feira o presidente do Palmeiras para o biênio 2013/2014. E logo em seu primeiro pronunciamento como novo mandatário do clube alviverde prometeu deixar em segundo plano seu lado torcedor para realizar um governo de “profissionalismo” e “ruptura”.

“Para ser muito sincero, sou palmeirense desde que me conheço por gente. Vim da arquibancada de futebol, tenho um trabalho político no clube há 16 anos. A ficha não caiu ainda, vai acontecer com o tempo. Tem que ter muito sangue . Tem que conter o torcedor que existe dentro de você”, declarou.

Com quatro vice-presidentes eleitos em sua chapa (Mauricio Precivalle, Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges), Nobre sai na frente na governabilidade do Palmeiras. Por isso, para os próximos dois anos, ele não descarta nem mesmo o apoio dos aliados do Mustafá Contursi, que já estiveram a seu lado na eleição – desde que, para isso, coloquem o clube acima da política interna.

“Gostaria de contar com o grupo do presidente Mustafá Contursi na minha gestão, como gostaria do grupo do presidente (Luiz Gonzaga) Belluzzo, do presidente (Afonso) Della Monica, do presidente (Carlos) Facchina e pessoas do presidente (Arnaldo) Tirone. Não há só gente ruim do outro lado. É muita prepotência achar que tem gente boa só do nosso lado. A eleição acabou, amanhã passa-se uma régua. Todos que quiserem contribuir com a minha gestão serão bem-vindos”, declarou.

À frente do clube a partir desta terça-feira, o presidente aguarda agora para conhecer o orçamento alviverde, que ainda não foi aprovado pelo Conselho de Orientação Fiscal – as contas do último mês de Arnaldo Tirone seriam apresentadas na eleição desta segunda-feira, mas atrasaram por conta de uma auditoria externa.

“Só vou saber a partir dessa semana, quando tomarei pé dos números. Tem gente que considera adiantamento dívida, tem gente que não considera”, afirmou, esperando cobranças da torcida. “Quanto tempo demora para eu começar a ser cobrado? A partir de amanhã, já vai ter gente me cobrando alguma coisa. Isso é normal em um clube de futebol popular como o Palmeiras”, completou.