Empresária mineira mata ex-marido, queima corpo e alega legítima defesa
A ex-policial militar e empresária Kellen Cristina do Carmo Alves, 34, confessou ter matado e ateado fogo no corpo do ex-marido, o cabo da PM Silas Bonifácio Silva, na madrugada deste domingo (28), em uma estrada de terra em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Segundo o advogado de Kellen, Humberto Pelegrini Carizzi, ela contou que o […]
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A ex-policial militar e empresária Kellen Cristina do Carmo Alves, 34, confessou ter matado e ateado fogo no corpo do ex-marido, o cabo da PM Silas Bonifácio Silva, na madrugada deste domingo (28), em uma estrada de terra em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Segundo o advogado de Kellen, Humberto Pelegrini Carizzi, ela contou que o cabo foi até a casa dela para devolver o filho do casal, que passou o sábado com ele, e eles tomaram uma garrafa de vinho juntos. Depois, ele ligou para a ex-mulher e pediu que saíssem para conversar. Ela teria ido após sentir “pressão psicológica por causa do filho”, disse o advogado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a empresária relatou que ao chegar na estrada da Terra Branca, próximo ao anel viário, na zona leste de Uberlândia, os dois discutiram, e o cabo teria tentado estuprá-la. Kellen reagiu e conseguiu sair do veículo. Nesse momento, de acordo com ela, o cabo alcançou-a. Ela então conseguiu enrolar um fio no pescoço de Silas.
A mulher ainda relatou aos policiais que derrubou e arrastou o ex-marido pela estrada de terra, segurando pelo fio, até chegar próximo ao veículo. O cabo teria sorrido e achado que era uma brincadeira, então ela diz que pisou no pescoço dele e o estrangulou. Em seguida, Kellen colocou o corpo do ex-marido, que pesa em torno de 100 quilos, no porta-malas do veículo e ateou fogo.
Na ação, a empresária feriu o rosto, os braços e as mãos. Ela, que foi encontrada na tarde de ontem pelos policiais em casa e com os braços enfaixados, revelou ainda que conseguiu fugir a pé e pegou uma carona com um homem que passava pelo local. O advogado informou que ela confessou ter agido sozinha.
O relacionamento do casal, segundo o advogado, sempre foi conturbado. O processo de separação começou há três anos e, desde então, várias queixas de agressões teriam sido registradas por parte de Kellen contra Silas. Ainda de acordo com Carizzi, ela entrou no dia 13 de junho com um pedido de medida preventiva para que o cabo não se aproximasse dela, mas ele foi negado pela Justiça. “Ela agiu em legítima defesa. Vou entrar com pedido de relaxamento de prisão”, disse.
Investigação
De acordo com o delegado de homicídios, Helder Carneiro, responsável pela investigação, um inquérito para investigar a versão dada pela empresária foi instaurado. “Nós temos a hipótese de que ela tenha contado com a participação de alguém, mas vamos investigar tudo”, afirma.
O delegado, que ouviu Kellen nesta segunda-feira (29), disse que irá verificar como ela conseguiu um galão com gasolina para atear fogo no veículo e no corpo do cabo. No boletim de ocorrência, ela relatou ter encontrado todo o material dentro do carro do policial.
O inquérito deve ser concluído em 10 dias.
Tradutor: Fabiana, por favor acrescente na Investigação que a Pc também ira checar se o corpo carbonizado é mesmo do cabo da Pm. A família dele é do RJ. A perícia ira colher o material genético para fazer o DNA.
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