Empresa suspeita de fraude em licitações ganha contrato de R$ 163 mil com governo de MS

A empresa Dicorel Comércio e Indústria Ltda, suspeita de participar de esquema que fraudava licitações, ganhou um contrato de R$ 163,5 mil para realizar a manutenção dos equipamentos de telecomunicação do Governo de Mato Grosso do Sul. A contratação foi realizada sem a realização de licitação, conforme despacho publicado na edição desta quarta-feira (24) do […]

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A empresa Dicorel Comércio e Indústria Ltda, suspeita de participar de esquema que fraudava licitações, ganhou um contrato de R$ 163,5 mil para realizar a manutenção dos equipamentos de telecomunicação do Governo de Mato Grosso do Sul.

A contratação foi realizada sem a realização de licitação, conforme despacho publicado na edição desta quarta-feira (24) do Diário Oficial do Estado, assinado pela secretária Estadual de Administração, Thiê Higuchi Viegas dos Santos.

O objeto da contratação, segundo o documento, é a realização de serviços de “manutenção preventiva e corretiva, assim como controle e gerência de tarifação telefônica em equipamentos de telecomunicações instalados nos órgãos e entidades integrantes do Poder Executivo Estadual, em diversos municípios do Estado, pelo período de 24 meses”.

A Dicorel vai receber um valor global de exatos R$ 163.537,63, ou R$ 6.814,06 a cada 30 dias. O contrato foi validado pela Secretaria Estadual de Administração no dia 22 deste mês.

Suspeitas

A Dicorel é uma das empresas suspeitas de fraude em licitações do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal desencadeou a Operação ‘Volt’, e cumpriu seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Campo Grande, em três residências e na sede de três empresas.

Os certames suspeitos do IFMS são relativos à contratação de serviços para execução de obras de instalações elétricas nos prédios de Corumbá, Coxim, Ponta Porã e Três Lagoas. Segundo a PF, as firmas combinavam os preços entre si, de forma que sempre uma delas sairia vencedora no certame.

As licitações são de 2010 e as investigações começaram em 2011 após o Ministério Público Federal receber denúncia do resultado de quatro licitações realizadas pelo IFMS, antes mesmo da abertura dos envelopes.

A reportagem conseguiu apurar que uma das empresa envolvidas é a Dicorel, localizada na avenida Costa e Silva. A Dicorel possui uma vasta carteira de clientes, inclusive órgão estaduais, como Sejusp (Secretária Estadual de Justiça e Segurança Pública), Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), Fundação Estadual de Cultura, Procon, Assembleia Legislativa, Secretaria de Receita e Controle, entre outros.

Segundo a Polícia Federal, a Operação Volt ainda não teve relatório emitido, devido à complexidade das denúncias.

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