Emergentes devem ter foco em reformas estruturais e em crescimento
As reformas estruturais e a manutenção do crescimento são os principais desafios das economias emergentes, afirmaram, nesta sexta-feira, 17, representantes dos bancos centrais da China, índia e África do Sul, presentes no XV Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro. China A vice-diretora do Departamento […]
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As reformas estruturais e a manutenção do crescimento são os principais desafios das economias emergentes, afirmaram, nesta sexta-feira, 17, representantes dos bancos centrais da China, índia e África do Sul, presentes no XV Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
China
A vice-diretora do Departamento de Política Monetária do Banco Central da China, Xing Yujing, destacou o momento de transição pelo qual passa a economia chinesa, que migra para um crescimento baseado mais na demanda doméstica.
Segundo ela, a demanda global por produtos chineses continua caindo por conta da crise nos países desenvolvidos, apesar de prever retomada nos próximos meses. “A economia da China deve se recuperar no próximo trimestre”, salientou.
De acordo com Xing, a China enfrenta o desafio da volatilidade dos fluxos de capitais, que exercem pressão sobre a moeda chinesa, o yuan, prejudicando as exportações. “A China é uma economia em transição, após décadas baseada na demanda externa”, disse. “Precisamos incrementar a demanda doméstica para obtermos crescimento sustentado”, completou.
Índia
Já o representante do Banco Central da Índia, Michael D. Patra, salientou que o país mantém como meta um crescimento de 6,7% a 7% em 2014. Para este ano, a expectativa é de 6%.
“O crescimento vai depender das reformas estruturais em andamento”, disse Patra, salientando a necessidade de o país revigorar a competitividade de seu setor privado assim como diminuir os gargalos em infraestrutura.
África do Sul
Para o vice-presidente do Banco Central da África do Sul, Lesetja Kganyago, a expansão da integração comercial entre os países da África é essencial para incrementar as exportações do país.
De acordo com Otaviano Canuto, vice-presidente para Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico do Banco Mundial, os países emergentes precisam incrementar a produtividade do setor de serviços. “Além dos investimentos em infraestrutura e da qualificação de mão de obra, o aumento da produtividade do setor de serviços é essencial para o crescimento”, declarou Canuto.
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