Em SP, Crianças refugiadas têm dia de brincadeiras

Cerca de 60 crianças refugiadas – do Congo, da Colômbia, de Angola, da Libéria, do Peru e de Cuba – tiveram um sábado diferente, quando é comemorado o Dia da Criança. Elas se misturaram nas atividades lúdicas com direito a soltar o corpo no pula-pula, se lambuzar de tintas, comer bolo, pipoca e ainda assistir […]

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Cerca de 60 crianças refugiadas – do Congo, da Colômbia, de Angola, da Libéria, do Peru e de Cuba – tiveram um sábado diferente, quando é comemorado o Dia da Criança. Elas se misturaram nas atividades lúdicas com direito a soltar o corpo no pula-pula, se lambuzar de tintas, comer bolo, pipoca e ainda assistir a uma peça teatral.

Integrantes do Grupo Contagie e da Companhia de Teatro Ópera na Mala encenaram o espetáculo Baú de Histórias. Além disso, as crianças ganharam brinquedos. Tudo ocorreu no ginásio de esportes do Colégio Agostiano São José, no bairro do Belém, zona leste da capital paulista.

A exemplo do que ocorreu ontem (11), no Rio de Janeiro, a festa foi promovida pela organização não governamental (ONG) Eu Conheço Meus Direitos, com o apoio da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

“Nosso objetivo nesse dia em que, tradicionalmente marca-se o dia de valorizar a criança, foi o de proporcionar brincadeiras para crianças que tiveram de vir com os seus pais de outros países por conta do fundado temor de perseguição”, justificou o padre Marcelo Monge, diretor da Cáritas.

No grupo, há famílias refugiadas com a condição reconhecida legalmente, e as que ainda aguardam o processo de reconhecimento. A Cáritas ajuda os refugiados a conseguir abrigos, cursos de língua portuguesa, de qualificação profissional, além de auxílio para a inserção no mercado de trabalho.

“As crianças são a parte mais afetada da família que sai de seu país como refugiada. E veja o exemplo da Síria que tem mais de 2 milhões de refugiados, dos quais metade ou 1 milhão são crianças”, observou Raquel Trabazo, assistente de proteção do Acnur.

Segundo ela, tem crescido o número de jovens que ingressam desacompanhados. Só este ano, em São Paulo, chegaram 15 adolescentes, a maioria de origem africana. Dos cerca de 4,3 mil que entraram nessa condição no país, 1,86 mil estão em São Paulo e há solicitações para mais 2 mil.

A assistente informou ainda que, nos últimos três anos, triplicou o número de solicitações de refúgio, passando de 566, em 2010, para quase 3 mil, em 2013.

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