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Em Sidrolândia, índios insistem e afirmam que só saem de fazenda com decisão de Brasília

Os índios informaram que a terra pertence a eles e que não saem do local. O clima é tenso. Um grupo permanece na porteira barrando a entrada da fazenda.
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Os índios informaram que a terra pertence a eles e que não saem do local. O clima é tenso. Um grupo permanece na porteira barrando a entrada da fazenda.

Os índios que invadiram a fazenda Buriti em Sidrolândia – distante a 70 km de Campo Grande, continuam no local. A imprensa está proibida de chegar perto do portão de acesso. Um dos integrantes do movimento informou rispidamente à reportagem que ele e seus patrícios não saem enquanto não tiver uma decisão de Brasília.

A ocupação da fazenda Buriti teve início na madrugada de quarta-feira (15). Segundo o proprietário rural e advogado, Ricardo Bacha, cerca de 100 índios entraram na fazenda, por volta das 4h da manhã, dando tiros.

Eles teriam cercado a sede, ocupado as invernadas e mantido a mulher de Bacha, o filho e funcionários como reféns. No sábado (18) eles tomaram a sede e liberaram todos, que precisaram sair sob escolta de viaturas da Polícia Federal.

Neste domingo (19), alguns índios permanecem na porteira da fazenda barrando a entrada de quem quer que seja. Apenas seus ‘patrícios’ têm acesso ao local. Pela manhã, um ônibus com cerca de 30 índios, todos com arco e flecha, chegou para dar reforço ao movimento.

Um dos índios que estava na porteira e que aparentemente chefia o grupo estava visivelmente inconformado com a presença da imprensa e tentava afastar a reportagem a todo o momento. Ele disse que não estavam invadindo nada e que a terra pertence a eles. “Isso é nosso”, repetia o homem.

Questionado sobre o papel da Funai (Fundação Nacional do Índio), junto às comunidades, ele reclamou. “A Funai não faz nada, não ajuda nada. Se a Funai fizesse alguma coisa a gente não precisaria estar aqui”.

Ele relatou que cerca de 3 mil índios estão espalhados pela fazenda, entretanto a reportagem acredita que o número seja menor, entre 250 e 300 índios.

Mais uma vez reforçou que a saída deles das terras está condicionada a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele confirmou que não há mais ninguém da família Bacha no local. “Daqui, já saíram todos”.

Próximo a fazenda existe uma aldeia, que segundo o índio, não tem como trabalhar. “A aldeia? O que a gente tem de terra não dá nem meio hectare para cada índio trabalhar. Isso daqui é nosso. Já foi comprovado”, insistia.

Sobre a fazenda Cambará, titulada em nome de Vanth Vani Filho, e que foi invadida na quinta-feira (16) ele disse que está fechada. “Está com tronco de arvore. Os patrícios estão lá ainda. Está fechado e não é para ninguém entrar”, finalizou dando as costas e encerrando a conversa.

Na fazenda Cambará o clima ficou bastante tenso. O produtor rural e os índios se reuniram para falar sobre a ocupação. Por pouco não houve enfrentamento e a conversa que durou cerca de 1h não surtiu resultado.

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