Em debate saúde mental dos indígenas
Mato Grosso do Sul volta a ser destaque nacional em relação às questões indígenas. Dourados, distante a km de Campo Grande, sedia nos dias 7 a 9 de agosto dois eventos, o I Encontro Nacional Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos e o II Seminário de Saúde Mental Indígena de Mato Grosso do Sul. A […]
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Mato Grosso do Sul volta a ser destaque nacional em relação às questões indígenas. Dourados, distante a km de Campo Grande, sedia nos dias 7 a 9 de agosto dois eventos, o I Encontro Nacional Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos e o II Seminário de Saúde Mental Indígena de Mato Grosso do Sul.
A realização é do Sistema Conselhos de Psicologia (Conselho Federal e 23 Conselhos Regionais), e a organização e execução a cargo do Conselho Regional de Psicologia 14ª Região MS.
“É uma honra poder realizar um evento de tamanha envergadura, porém, é também, nossa obrigação visto que Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena e a região com maior densidade demográfica de índios do País. Por isso, acreditamos que trazer o evento para o nosso Estado é mostrar ao Brasil que esse povo tem voz e direitos. Por isso fizemos uma aliança nacional com diversas instituições e lideranças indígenas acreditando na sinergia para que possamos contribuir com resultados efetivos para a melhoria da qualidade de vida desse povo”, comenta o presidente do CRP14/MS, Carlos Afonso Marcondes Medeiros.
Os problemas de saúde mental nas populações indígenas, tanto individuais como coletivos, apresentam diversas complexidades para sua compreensão, assim como nas propostas de soluções. Estes problemas não são meramente biológicos ou apenas eventos psicológicos, eles são entendidos como eventos relacionados a fatores socioculturais e particularmente as questões sócio-históricas, na medida em que as condições de vida são colocadas em risco onde a situação da saúde/doença, e particularmente da saúde mental, são claras expressões do mal estar social.
Nesse sentido, observa-se que as políticas públicas ainda não têm uma aplicação plena na sociedade indígena e na sua diversidade de territórios onde habitam, isto é a precariedade ou limitação da disponibilidade dos serviços básicos, as dificuldades ou ausência das respostas por parte do Estado às necessidades essenciais que permitam uma perspectiva de vida completa no exercício de seus direitos.
SUICÍDIO INDÍGENA – Uma realidade preocupante nas comunidades indígenas que se alastra por todo o País também será debatida no evento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS/2002), as taxas de suicídio aumentaram significativamente entre os povos indígenas. A Academia Internacional de Pesquisa em Suicídio publicou em 2006 um conjunto de artigos sobre o fenômeno do suicídio nas populações indígenas, entre elas as do Brasil, apresentando algumas particularidades: a grande maioria é de indígenas jovens, o fenômeno tem um caráter epidêmico, apresentam as mesmas condições de risco como consumo de álcool e outras drogas, vivem em condições de pobreza, coexistem em um ambiente de violência.
V CONFERENCIA E SAÚDE INDÍGENA – Tudo o que for debatido na programação servirá de embasamento para a construção de documentos que serão encaminhados para V Conferencia e Saúde Indígena que será realizada em Brasília, de 26 a 30 de novembro de 2013, com o tema “Atenção à Saúde Indígena e SUS: Direito, Acesso, Diversidade e Atenção Diferenciada”.
INCRIÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO E LANÇAMENTO DE LIVRO – A Comissão Organizadora do evento abre espaço para apresentação de trabalhos e lançamento de livros que contemplem a temática do evento. Os interessados devem submeter o conteúdo ao e-mail: polí[email protected] Outras informações com Luisa Reyes no (67) 3384-4801.
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