Em ano de eleição para escolher os novos dirigentes, petistas de Mato Grosso do Sul defendem a pacificação interna para não prejudicar o partido na sucessão estadual em 2014.

O vereador Zeca do PT manifestou seu interesse em concorrer ao comando estadual da sigla, ao mesmo tempo, o atual presidente Marcus Garcia trabalha pela reeleição.

Diante dos sinais de confronto, o deputado federal Vander Loubet (PT) e o deputado estadual Cabo Almi apelaram pelo bom senso para não rachar o partido em véspera de eleição estadual.
Para eles, o ideal seria eleger um presidente da confiança do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB).

“O PT precisa se unificar, o Delcídio precisa de alguém de sua confiança para comandar o partido”, defendeu Vander. “Seria bom eleger alguém que tenha afinidade com o nosso pré-candidato ao governo”, engrossou Cabo Almi.

O parlamentar estadual reconhece legitimidade na candidatura de Zeca, mas insiste que o ideal seria evitar o confronto. “O PT é um partido democrático, mas temos que analisar se, neste momento, compensa bater chapa”, ponderou.

Do mesmo grupo de Zeca, Vander e Cabo Almi até cogitam dividir a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) se o correligionário insistir na candidatura a presidente. “Podemos criar a CNB II”, disse o deputado estadual.

As eleições internas do PT estão previstas para novembro deste ano. O atual presidente, Marcus Garcia, é ligado ao grupo de Delcídio. Zeca, por sua vez, não se intimida com o apoio e levanta a bandeira de que a disputa será “salutar” para o partido.