O chumbo trocado entre os casais Patrícia e Michel/Guto e Sílvia continua rendendo assunto em “Amor à Vida”. Por pouco, os quatro não se encontram no motel e ainda disputam a mesma suíte. A cena está prevista para ir ao ar no dia 18 de novembro.

Ao chegarem no motel, Patrícia e Michel descobrem que a suíte presidencial já foi ocupada por outro casal, que chegou minutos antes deles. Para piorar a decepção, eles descobrem que os dois pediram a única champagne francesa que havia no local. Sem saber que se trata de Guto e Sílvia, Patrícia sugere que os dois batam na porta do quarto para pedir uma taça da bebida.

Veja o que acontece a seguir:

Michel — Você não vai bater na porta de suíte nenhuma, Pat. A etiqueta de motel impede que você faça isso.

Patrícia — O que é etiqueta de motel?

Michel — A vida moderna exige um guia de boas maneiras também pra motel. Por exemplo, se você tá saindo do motel e vê, no carro de trás, a noiva do seu melhor amigo com outro cara, você não conta, porque tudo que rola aqui dentro é segredo de confessionário. Se você chega num motel e vê o seu melhor amigo entrando com outro cara, você finge que não viu e continua fingindo que ele é hétero.

Patrícia — Continua, estou muito interessada.

Michel — Se você tá num motel e vê o seu pai com uma loirona, não conta pra sua mãe.

Patrícia — Se eu encontrasse o meu pai com uma periguete no motel, eu fazia um escândalo.

Michel — E a etiqueta, onde fica nessa história?

Patrícia— Dane-se a etiqueta! Eu tenho vontade de bater na suíte máster e pedir uma taça de champagne francês.

Michel — Mais uma regra do guia de boas maneiras do motel. Se você bate numa suíte já ocupada, não é pra pedir champagne. Mas para se oferecer para uma orgia.

Patrícia — Eu não quero fazer orgia. Um só, ainda mais você, Michel, é suficiente. E olhe lá, porque eu fico com problema de consciência por causa do meu marido.

Michel — Deixa de bancar a chapeuzinho vermelho, Pat. Você acha que, com esse corpo, esse rostinho, se você bater na suíte do outro casal eles vão te deixar falar? Eles te puxam pra dentro e te botam na roda.

Patrícia — Tá bom, desisti. Mas é por essas e outras que eu nunca gostei de motel! Porque as coisas especiais, como champagne francês, sempre acabam no estoque!

Michel — Pat, foco. O especial aqui sou eu.

Enquanto Patrícia e Michel discutem sobre a “etiqueta de motel”, Guto e Sílvia trocam declarações e confessam que o interesse entre eles aumenta a cada encontro. Apesar disso, Sílvia aconselha Guto a não se apaixonar e declara que não pensa em se separar de Michel.

Silvia — Sabe, quando a gente saiu a primeira vez, eu achava que era só pra dar o troco na Patrícia, que quase me roubou o Michel. Mas agora… eu tou gostando cada vez mais de sair com você.

Guto — Eu também, gata. E eu me amarrei no que cê disse.

Silvia — Eu nem tenho tanta vontade de ficar com o Michel. Às vezes, quando ele chega, eu fico estudando os meus casos até ele dormir. Só aí eu vou deitar.

Guto — Casamento é complicado. A gente cai na rotina e aquela surpresa de toda vez… acaba. Eu vou te dizer, eu tou quase apaixonado por você, Silvia.

Silvia — Para, não vai se apaixonar.

Guto — Que tem se eu me apaixonar?

Silvia — Eu nunca considerei a possibilidade de largar do Michel. Quando a gente separou, eu sofri muito.

Guto — Mas se o lance de vocês esfriou, é o caso de separar.

Silvia — Eu não posso separar do Michel. Quando eu tive câncer, ele ficou do meu lado, me deu a maior força. Quando eu mais precisei, ele tava lá. Agora que tou bem, vou separar? Ele ia sofrer demais.

Em outro quarto, Patrícia e Michel acabam de transar e têm uma conversa parecida com a de Sílvia e Guto.

Patrícia — Tudo bem, eu preferia estar no meu apê, mas motel também é legal. Só que eu tenho medo da gente continuar saindo, você se envolver e querer largar da Silvia.

Michel — Envolvido por você eu já tou, Pat, mas eu não posso largar da Silvia. A Silvia teve câncer. Já tá boa, superou tudo que aconteceu. Mas mesmo assim, ela ainda precisa de mim, do meu apoio…

Patrícia — Eu te dou toda razão. Eu imagino como é difícil pra uma mulher ter câncer no seio, sempre deve dar uma insegurança. Eu me sentiria péssima se cê largasse da Silvia por mim.

Michel — Você sempre defende a Silvia, né?

Patrícia — Eu sou mulher, eu sei como às vezes é difícil manter a auto-estima.

Michel — É por isso que eu continuo com a Silvia. Mas pra ser sincero, Pat, eu nem tenho vontade de ficar com ela. Quando eu chego em casa, vou deitar logo, digo que tou cansado… e aí ela fica trabalhando. Quando ela vai deitar, eu já tou dormindo. Ou finjo que tou.

Patrícia— O que vale é que a gente tá aqui agora.

Michel — Vamos aproveitar. Topa repetir?