Economistas veem Selic a 7,75% esta semana; elevam projeção para 2014, diz BC

Economistas de instituições financeiras mantiveram a expectativa de uma alta de 0,25 ponto percentual da Selic nesta semana, para 7,75 por cento, ao mesmo tempo em que deixaram inalterada a perspectiva para a taxa básica de juros neste ano e elevaram a projeção para 2014. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada […]

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Economistas de instituições financeiras mantiveram a expectativa de uma alta de 0,25 ponto percentual da Selic nesta semana, para 7,75 por cento, ao mesmo tempo em que deixaram inalterada a perspectiva para a taxa básica de juros neste ano e elevaram a projeção para 2014.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a projeção para a Selic no final deste ano foi mantida em 8,25 por cento, mas para 2014 foi elevada a 8,50 por cento após três semanas de manutenção em 8,25 por cento. Isso diante de uma piora nas perspectivas para o cenário tanto de crescimento quanto de inflação neste ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir na quarta-feira para definir o próximo passo da política monetária depois de ter dado início em abril a um ciclo de aperto, com elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento.

No Top 5 –instituições que mais acertam as projeções–, a perspectiva também é de elevação de 0,25 ponto percentual nesta semana, inalterada ante a pesquisa anterior, pela mediana e no curto prazo. Entretanto para 2013, a perspectiva do Top-5 de médio prazo foi elevada a 8,38 por cento na mediana, ante 8,25 por cento.

A reunião do Copom acontece em meio a um cenário de preocupações tanto com o crescimento econômico quanto com a inflação, e horas depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgar os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre.

Após declarações recentes do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que a autoridade monetária fará o que for necessário para a inflação cair na segunda metade do ano, parte do mercado passou a acreditar que o ciclo de aperto pode ser mais intenso.

Pesquisa da Reuters apontou que 26 de 50 bancos e consultorias esperam que o BC subirá a Selic em 0,50 ponto percentual agora, para 8 por cento. O restante espera aumento de 0,25 ponto, para 7,75 por cento.

No mercado de juros futuros, as apostas majoritárias são de alta de 0,50 ponto percentual na Selic na quarta-feira.

CRESCIMENTO X INFLAÇÃO

Na expectativa da divulgação do PIB do primeiro trimestre e diante de sinais de fragilidade, os economistas consultados na pesquisa reduziram pela segunda vez seguida a projeção para a expansão econômica neste ano, a 2,93 por cento, ante alta de 2,98 por cento anteriormente.

Para 2014, a projeção no Focus para o crescimento do PIB foi mantida em 3,5 por cento pela 11ª semana seguida.

Em relação à produção industrial, a perspectiva de crescimento neste ano foi reduzida a 2,43 por cento, contra 2,50 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, a projeção é de expansão de 3,10 por cento, abaixo dos 3,50 por cento anteriores.

Sobre a inflação, embora o IPCA-15 tenha mostrado desaceleração da alta em maio a 0,46 por cento, beneficiado por um avanço menor dos preços de alimentos, os economistas no Focus elevaram ligeiramente a perspectiva para este ano a 5,81 por cento, frente a 5,80 na semana anterior.

Para 2014 a projeção foi mantida em alta de 5,80 por cento pela segunda semana. Por sua vez, para os próximos 12 meses a perspectiva para a inflação foi elevada a 5,66 por cento, ante 5,64 por cento.

O Focus mostrou ainda que os economistas voltaram a elevar sua projeção sobre o câmbio no final deste ano, com o dólar a 2,03 reais, ante 2,02 reais anteriormente.

Os analistas consultados também reduziram suas contas para o saldo da balança comercial neste ano, para um superávit de 8,30 bilhões de dólares, ante 9,05 bilhões de dólares anteriormente. Para 2014, a projeção é de 10,40 bilhões de dólares, ante 10 bilhões de dólares anteriormente.

Já as expectativas sobre o déficit em conta corrente do país no Focus apontaram 72 bilhões de dólares neste ano, ante 70,90 bilhões na pesquisa anterior.

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