Duas irmãs paquistanesas são assassinadas para restaurar “honra” da família
Duas adolescentes foram mortas a tiros, no Paquistão, após serem filmadas dançando na chuva, vestidas com um traje tradicional da cidade conservadora onde moravam. As irmãs Noor Basra, de 15 anos, e Noor Sheza, um ano mais velha, foram mortas por cinco homens armados no dia 23 de junho. Segundo informações do jornal americano Daily […]
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Duas adolescentes foram mortas a tiros, no Paquistão, após serem filmadas dançando na chuva, vestidas com um traje tradicional da cidade conservadora onde moravam.
As irmãs Noor Basra, de 15 anos, e Noor Sheza, um ano mais velha, foram mortas por cinco homens armados no dia 23 de junho. Segundo informações do jornal americano Daily News, a mãe das meninas, identificada apenas como Noshehra, também foi assassinada.
O meio-irmão das jovens, Khutore, foi preso sob a acusação de ser o mandante do crime. A polícia acredita que ele tenha encomendado a morte das irmãs para restaurar a “honra” da família, seis meses depois que o vídeo começou a circular na internet.
“Parece que as duas meninas foram assassinadas depois de terem sido acusadas de manchar o nome de sua família, fazendo um vídeo de si mesmas dançando na chuva”, disse um oficial.
No vídeo, as duas meninas são vistas usando o “shalwar kameez”, um tipo de vestido longo tradicional e lenços verdes e roxos. Uma das meninas chega a dar um sorriso para a câmera.
Esta não é a primeira vez que uma tragédia como esta acontece no país. Um ano atrás, quatro mulheres foram executadas por ter cantado e dançado com homens em um casamento no noroeste do Paquistão.
Anciãos tribais ordenaram que as mulheres fossem mortas a tiros por supostamente manchar os nomes de suas famílias e por seus atos de “fornicação”.
Mulheres e homens dançando junto é uma violação da lei Sharia, com cerca de mil “crimes de honra”. Todos os anos há vários casos como o das irmãs Noor.
Dessas mortes, quase 77% acabam com a absolvição de criminosos, de acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Tahira Abdullah.
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