Dólar sobe 0,45% e atinge maior cotação em mais de 4 anos
O dólar fechou ante o real na maior cotação em mais de quatro anos nesta terça-feira, acima de 2,28 reais na venda, com investidores retirando recursos do país para aplicar em ativos mais seguros antes da divulgação, na quarta-feira, do resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve. Investidores temem que o banco central […]
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O dólar fechou ante o real na maior cotação em mais de quatro anos nesta terça-feira, acima de 2,28 reais na venda, com investidores retirando recursos do país para aplicar em ativos mais seguros antes da divulgação, na quarta-feira, do resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve.
Investidores temem que o banco central dos Estados Unidos sinalize uma possível redução em seu programa de estímulo monetário, que tem garantido alta liquidez internacional e alimentado o apetite dos investidores por moedas de países emergentes.
O dólar avançou 0,45 por cento, a 2,2805 reais na venda, maior cotação desde primeiro de abril de 2009 quando a moeda dos Estados Unidos fechou a 2,281 reais na venda.
Segundo dados da BM&F, o volume de negociação nesta terça-feira ficou em 2,43 bilhões de dólares, acima da média últimos dias de 1,7 bilhão de dólares.
“Os investidores parecem estar buscando a segurança no dólar na véspera do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês)”, afirmou um operador de câmbio de banco brasileiro que pediu anonimato.
“Apesar de ser emblemático esse 2,28 (reais), nossa moeda não está descolada das demais, por isso acredito que tem espaço para a cotação andar um pouco mais”, emendou. No ano, o dólar acumula alta de 11,35 por cento ante o real.
Em relação a uma cesta de moedas, às 17h30, a divisa norte-americana tinha alta de 0,21 por cento, já o dólar australiano perdia 1,56 por cento em relação à divisa dos EUA.
A pressão de alta da moeda norte-americana ocorreu em duas frentes, segundo operadores, com investidores retirando recursos do país no mercado à vista e se desfazendo de posições no mercado de derivativos cambiais, como contratos de dólar futuro e de cupom cambial.
“O país está com problema de fluxo, por isso começa a se acentuar a falta de dólares no mercado à vista”, disse o diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. No mês até o dia 19, o fluxo cambial estava negativo em 2,484 bilhões de dólares, segundo dados do BC.
O Federal Reserve divulga na quarta-feira a decisão sobre a política monetária da maior economia do país. Investidores estão ansiosos para saber se haverá sinais sobre quando será reduzido o programa de estímulo monetário.
O programa, que injeta 85 bilhões de dólares por mês na economia norte-americana, têm sustentado o fôlego de investidores nos mercados acionários e nos países emergentes.
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