Dólar fecha em leve queda ante real após encostar em R$2,05

O dólar fechou em queda frente ao real nesta terça-feira, após subir para quase 2,05 reais durante o pregão, pois exportadores aproveitaram o fortalecimento da moeda norte-americana para antecipar contratos cambiais. O dólar fechou em queda de 0,16 por cento, para 2,0372 reais na venda, depois de atingir 2,0475 reais na máxima do pregão, o […]

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O dólar fechou em queda frente ao real nesta terça-feira, após subir para quase 2,05 reais durante o pregão, pois exportadores aproveitaram o fortalecimento da moeda norte-americana para antecipar contratos cambiais.

O dólar fechou em queda de 0,16 por cento, para 2,0372 reais na venda, depois de atingir 2,0475 reais na máxima do pregão, o maior nível intradiário desde 22 de janeiro. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,9 bilhões de dólares.

“Talvez o exportador, vendo que o dólar estava batendo 2,05 e o BC não estava entrando, zerou alguma operação”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Boa parte do mercado acredita que o BC não permitirá que o dólar avance muito acima de 2,05 reais, de forma a evitar pressões inflacionárias.

“Persistindo esse movimento, ele (BC) eventualmente pode entrar. O cenário inflacionário não dá espaço para a desvalorização do real”, afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil, Luciano Rostagno.

O diretor de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel, afirmou que o dólar perdeu força devido a um movimento de venda da divisa por exportadores, que aproveitaram as altas recentes da moeda.

“Eu mesmo fiz isso”, afirmou ele, acrescentando que o mercado cambial deve ficar estressado até o discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, na quarta-feira. Espera-se que o chefe do banco central dos Estados Unidos dê sinais sobre o futuro do programa de estímulo monetário do país, que tem ajudado a sustentar o apetite dos investidores por risco.

O dólar tem avançado em relação a várias moedas nos últimos dias devido a recentes sinais de recuperação da economia norte-americana que podem levar a uma diminuição do programa de compra de títulos do Fed, reduzindo a oferta de dólares no mercado.

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