Dobashi admite que gravação gerou ‘situação constrangedora’ que a fez pedir afastamento

“Mexer o doce” e “desassinar” foram expressões divulgadas pela imprensa de conversas da Operação Sangue Frio que comprometeram a gestão da ex-secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi. Para se justificar, ela disse nesta segunda-feira (7) durante oitiva da CPI da Saúde que usou as expressões de forma errada. “Foi uma fala equivocada, a gravação […]

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“Mexer o doce” e “desassinar” foram expressões divulgadas pela imprensa de conversas da Operação Sangue Frio que comprometeram a gestão da ex-secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi. Para se justificar, ela disse nesta segunda-feira (7) durante oitiva da CPI da Saúde que usou as expressões de forma errada.

“Foi uma fala equivocada, a gravação foi uma situação constrangedora e motivou a minha saída. Eu me manifestei de forma errada”, argumentou.

Dobashi tentou explicar que durante a conversa com o ex-diretor do Hospital Regional, Ronaldo Perches, ela conversava sobre a falta de informações recebidas do Ministério da Saúde para a instalação do equipamento para a Radioterapia.

“Beatriz: Vocês vão assinar dizendo que se compromete a tocar o serviço. Eles vão licitar uma empresa pra avaliar. Depois que avaliar, eles vão liberar o dinheiro da obra.

Ronaldo: Certo.
Beatriz: Depois eles vão liberar o dinheiro do equipamento.
Ronaldo: Entendi.
Beatriz: Então, acho que demora, né. Eu espero que demore.
Ronaldo: (Risos) Entendi. Então está bom.
Beatriz: Aí você assina, se for o caso a gente “desassina”(risos)”.

Segundo a ex-gestora, foi esta fala que a fez sair da Secretaria de Saúde. Outro episódio citado por Dobashi aos vereadores é relacionado ao ex-gestor do Hospital do Câncer e proprietário da Neorad, Adalberto Siufi.

Em outra conversa divulgada pela imprensa, Beatriz teria questionado Ronaldo Perches sobre a distribuição de aceleradores lineares. “Eu estou esperando a sua posição porque o Adalberto me ligou e perguntou se vale a pena mexer o doce”.

Dobashi explica o episódio dizendo que Adalberto teria ligado perguntando porque o Hospital do Câncer ficou de fora da distribuição, já que era um hospital filantrópico.

Irregularidades

Sobre as irregularidades encontradas pela Polícia Federal no Hospital do Câncer, Dobashi argumentou que a Secretaria de Saúde não tinha o mesmo acesso aos documentos, apesar de ser responsável por auditorias.

Ela citou que mesmo assim a SES descobriu pagamentos de tratamentos a pessoas mortas, mas alegou que o dinheiro gasto havia sido devolvido e que eles não tinham acesso ao que a Polícia Federal teve quanto aos atos médicos.

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