Do campo para a universidade, sertanejos ganham fama e MS vira exportador de talentos

A música sertaneja sempre esteve em Mato Grosso do Sul. Muito antes de virarmos do Sul, a música diferenciada que era tocada aqui já chamava a atenção. A influência da fronteira, o estilo próprio, com canções que falavam da vida do campo, dos trabalhos nas fazendas, encantava quem ouvia nossa música. Délio & Delinha, Zacarias […]

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A música sertaneja sempre esteve em Mato Grosso do Sul. Muito antes de virarmos do Sul, a música diferenciada que era tocada aqui já chamava a atenção. A influência da fronteira, o estilo próprio, com canções que falavam da vida do campo, dos trabalhos nas fazendas, encantava quem ouvia nossa música.

Délio & Delinha, Zacarias Mourão, Zé Corrêa, Beth & Betinha, Amambay & Amambaí, Dino Rocha, são apenas alguns dos nomes que tocavam nas rádios da época e são lembrados até hoje. Destes, Delinha ainda toca e é uma das artistas sul-mato-grossenses que mais vende CD e arrecada com direitos autorais.

Atendente de copyright (direitos autorais), Thaís Guenka, 26 anos, conta que a elegante senhora que sempre toca de saia rodada é uma das artistas do estado que mais vende CD. Ele conta que as vendas não são apenas dentro do estado, mas no país todo.

Assim como ela, outro artista de MS que vende muito é Marcelo Loureiro. De semelhança entre os dois, está o sertanejo de raiz, de moda de viola, diferente do Universitário que tomou conta do país e a cada ano lança um novo sucesso, uma nova dupla.

Mato Grosso do Sul, inclusive, se tornou exportador de artistas do estilo. Daqui saíram Maria Cecília & Rodolfo, Luan Santana, João Bosco & Vinícius, Michel Teló, Munoz & Mariano. Segundo Thais, o sucesso das duplas daqui é tanto que já estamos ultrapassando Goiás, quando se trata de duplas que estouram pelo país.

Do mesmo jeito que os antigos compunham suas vivências, seu cotidiano, o que faz sucesso hoje é que os meninos vivem dentro das universidades. E assim surgiu o sertanejo universitário que virou fenômeno no Brasil.
vAs letras são carregadas de baladas, festas, namoros, tudo que um jovem vive nesta época da vida.

Inclusive, o sucesso do estilo é tanto que até duplas tradicionais tem se adaptando à onda do momento e lançado canções no estilo. Como exemplo, Thais cita a dupla Chitãzinho & Chororó, que também fizeram uma música com esta pegada em seu novo álbum. O produtor, inclusive, é daqui – Caio Nogueira. E o rapaz tem mostrado que o jeito sul-mato-grossense faz sucesso.

Cotados para arrebentarem no mercado musical, Fernanda & Rafael, revelam que se fossem tocar apenas o que gostam seria só modão romântico e rock’n’roll.

Ela conta que gosta mesmo é de modão, e a faixa 12 do CD que lança ainda este ano, foi presenteada com a participação de Delinha. Para a jovem que cresceu ouvindo som romântico, com acordes de viola, a presença da percussora foi muito emocionante. “Foi uma honra, cantar e gravar com a Delinha. Quando nos falaram que ela iria participar do CD fiquei muito feliz, na hora nem acreditei”.

Já Rafael é nosso Hudson, de veia roqueira, o sertanejo, conta que devido as preferências pessoais consegue trazer para a dupla uma pegada diferente na guitarra, o que faz diferença em seu som.

Eles junto com Pedro Henrique & Fernando, Bruno & Davi e Loubet são os mais novos nomes daqui que devem brilhar por ai.

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