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Disputa política impede mudança no departamento de futebol do Fortaleza

Pressionado, Osmar Baquit descartou deixar o Fortaleza nos últimos dias, mas a corrida presidencial, para 2015, já começou. Pelo menos, na visão dos aliados do atual mandatário. Preocupado com um possível crescimento da força política da oposição, o grupo de Baquit se posicionou contra a reformulação no departamento de futebol do Tricolor, que chegou a […]
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Pressionado, Osmar Baquit descartou deixar o Fortaleza nos últimos dias, mas a corrida presidencial, para 2015, já começou. Pelo menos, na visão dos aliados do atual mandatário. Preocupado com um possível crescimento da força política da oposição, o grupo de Baquit se posicionou contra a reformulação no departamento de futebol do Tricolor, que chegou a ser articulada pela diretoria no início desta semana, mas não se concretizou.

Na manhã da última segunda-feira, um dia após a derrota por 3 a 1 para o Ceará, pela semifinal do Campeonato Cearense, Osmar Baquit, o vice-presidente Daniel Frota e o diretor jurídico Giovanni Santos almoçaram com Renan Vieira, ex-presidente e atual assessor da presidência. Convidado para assumir a diretoria de futebol, hoje comandada por Rochinha, Renan pediu autonomia para trabalhar com o apoio de um staff e a contratação de um novo gerente de futebol, segundo apurou o LANCE!Net.

O staff de Renan Vieira seria composto por Evangelista Torquato, então diretor de planejamento, e Ocílio Costa, ex-assessor de futebol do Tricolor. O primeiro também ficaria responsável pela pasta do futebol, enquanto o segundo seria o gerente de futebol. Osmar Baquit aprovou os nomes e comunicou que o atual gerente de futebol Jurandi Júnior deixaria o cargo. À tarde, os dirigentes realizaram uma nova reunião, desta vez, com a presença de Evangelista Torquato. A nova cúpula de futebol discutiu detalhes do planejamento, e Osmar Baquit avisou que apresentaria o trio na tarde de terça-feira, em entrevista coletiva. Durante o encontro, o presidente fez ligações para avisar que “pode anunciar que o Jurandi não fica no Fortaleza”, tendo avisado o próprio gerente de futebol, inclusive, de sua saída.

No mesmo dia, porém, o cenário mudou. Após comunicar internamente a mudança, Osmar Baquit foi chamado por outros diretores e aliados para uma reunião na sede do clube. No encontro, foi avisado de duras críticas que Ocílio Costa realizou contra a diretoria em uma rede social. Além disso, foi alertado das consequências políticas que a troca no departamento de futebol poderiam ocasionar. Apesar de ser membro da diretoria até então, Evangelista Torquato passou a ser visto como oposição após se manifestar contra o atual departamento de futebol e revelar o sonho de ser presidente do Leão. Em caso de sucesso do time na Série C deste ano com o novo staff à frente da pasta mais importante do clube, os membros da situação acreditam que Evangelista se fortaleceria bastante para disputar a eleição de 2014. Cotado para assumir o Tricolor neste ano, Daniel Frota também deseja ser presidente e é o candidato natural da situação no próximo ano.

Após a reunião, Daniel Frota procurou Evangelista Torquato e Renan Vieira para relatar as críticas feitas por Ocílio Costa e informar que convivência entre eles seria “inviável” no clube. O assessor da presidência, em resposta as ponderações, reafirmou suas exigências. Sem consenso, o vice-presidente avisou que a mudança estava descartada. Insatisfeito, Torquato entregou o cargo e deixou a diretoria. Já o departamento de futebol segue inalterado, com Jurandi Júnior e Rochinha.

Planejamento discutido

No encontro da tarde de terça-feira, a nova cúpula de futebol chegou a discutir planejamento, filosofia de trabalho e as mudanças que seriam realizadas antes do início da Série C. O técnico Hélio dos Anjos seria mantido, mas novos jogadores seriam contratados. Renan Vieira, inclusive, pediu para Osmar Baquit paralisar todas as negociações em andamento, que seriam reavaliadas.

Para evitar vazamento de informações, o novo departamento de futebol pretendia revelar os jogadores pretendidos apenas para o treinador. Ou seja, o presidente e o vice só tomariam conhecimento da contratação na assinatura do contrato. A ideia deixou Osmar Baquit e Daniel Frota contrariados, mas foi aceita.

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