Diretores de MS lançam documentário que homenageia o tempo e o prazer de ser criança

Em Guarani, Mitã significa criança. É sobre elas e esse universo particular, tão mágico e revelador, que Alexandre Basso e Lia Mattos decidiram falar. Pesquisaram, ficaram por dentro do assunto e resolveram fazer um documentário, “Mitã”, que será exibido em Campo Grande, no Sesc Horto, neste domingo (17), às 19h30. A entrada é franca. A […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em Guarani, Mitã significa criança. É sobre elas e esse universo particular, tão mágico e revelador, que Alexandre Basso e Lia Mattos decidiram falar. Pesquisaram, ficaram por dentro do assunto e resolveram fazer um documentário, “Mitã”, que será exibido em Campo Grande, no Sesc Horto, neste domingo (17), às 19h30. A entrada é franca.

A obra, que já passou por Curitiba, São Paulo, Salvador e Ivinhema, foi inspirada nos pensamentos e estudos da etnomusicóloga baiana Lydia Hortélio, que se dedica à pesquisar a cultura da criança há mais de 40 anos. Estão presentes, também, as ideias do filósofo e educador luso-brasileiro Agostinho da Silva, além de poemas de Fernando Pessoa e depoimentos de outros pesquisadores.

A maior parte das cenas que mostram os pequenos foram gravadas em Mato Grosso do Sul, no Pantanal e em aldeias do interior, da região de Amambai, por exemplo, mas há imagens feitas em Corumbá, no Rio Paraguai e em outras regiões do país, como na Festa do Divino Espírito Santo, no Maranhão, onde a criança, simbolizando a esperança de uma nova era, é coroada imperadora do mundo.

Segundo o diretor, Alexandre Basso, o filme é um documentário poético, sensorial, que tem o objetivo de sensibilizar e levar o telespectador a pensar e sentir a infância de outra forma. Trata-se de uma narrativa que, nas palavras dele, não busca localizar lugares, “mas trazer o elemento mágico da criança – universal – em seu estado mais pleno”.

“De onde ela vem? Qual a missão dela no mundo? O que os adultos precisam ver nessa criança para que ela possa exercer seu potencial todo? Entra aí a educação, a natureza e as brincadeiras tradicionais. O filme transita nessas coisas”, disse, exemplificando.

A produção, que conta com recursos próprios e do Fmic (Fundo Municipal de Investimentos Culturais de Campo Grande) saiu do papel em 2013, mas é resultado de uma pesquisa antiga, realizada há mais de 5 anos pelos diretores do documentários que são, também, os criadores do Espaço Imaginário, um Centro de Cultura da Infância que existe na Capital.

Realizado para um público diverso, o filme, que tem duração de 52 miutos, será distribuído para escolas municipais e estaduais de Campo Grande. Mitã, segundo o material de divulgação, “é uma homenagem ao tempo e ao prazer de ser criança”.

É a oportunidade, segundo Alexandre Basso, de mergulhar em outro universo e relação, mais livre, que respeita o tempo e a imaginação da criança.

Anote: O documentário Mitã será exibido neste domingo (17), às 19h30, no Teatro Prosa, no Sesc Horto, localizado à Rua Anhanduí, 200, no Centro.

Conteúdos relacionados