Dilma diz que combate ao terrorismo não justifica espionagem
Ao repudiar as denúncias de espionagem a países da América Latina, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12) que o combate ao terrorismo internacional não justifica a violação de privacidade das pessoas. “É importante sinalizar que há um claro e absoluto rechaço a qualquer forma de justificativa, mesmo considerando que você tem de ter cooperação […]
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Ao repudiar as denúncias de espionagem a países da América Latina, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12) que o combate ao terrorismo internacional não justifica a violação de privacidade das pessoas.
“É importante sinalizar que há um claro e absoluto rechaço a qualquer forma de justificativa, mesmo considerando que você tem de ter cooperação transnacional no combate ao terrorismo e outras formas de crimes transnacionais, isso não é justificativa para violação de direitos individuais de qualquer cidadão em qualquer estado nacional e em qualquer lugar do mundo”, disse a presidenta em entrevista, após a reunião de Cúpula do Mercosul, em Montevidéu.
Denúncias apontam que agências dos Estados Unidos espionaram dados na internet e telefonemas de cidadãos norte-americanos e estrangeiros. No Brasil, as denúncias foram divulgadas pelo jornal O Globo que detalhou os procedimentos, informando, inclusive que houve uma espécie de estação de uma das agências em Brasília. O governo brasileiro pediu explicação aos Estados Unidos.
As denúncias vieram à tona pela divulgação de informações por Edward Snowden, que prestava serviços para Agência de Segurança Nacional (cuja sigla em inglês é NSA).
A presidenta Dilma Rousseff disse ainda que aguarda as explicações do governo norte-americano. “Como nós já pedimos as explicações, vamos desenvolver esse processo de esclarecimento sem nenhum sobressalto. Nós temos certeza de que o Brasil merece todos os esclarecimentos que está pedindo, como uma nação soberana que é e pelo fato de que é dever de um governo proteger os seus cidadãos”.
O tema fez parte dos debates da cúpula e os presidentes repudiaram oficialmente os casos. Mais cedo, durante a cúpula, a presidenta defendeu que o Mercosul adote “medidas cabíveis pertinentes” sobre os casos de espionagem.
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