A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (1) que os problemas que eventualmente existam nas alianças regionais com partidos aliados devem ser solucionados no âmbito regional, e que a aliança nacional que sustenta seu governo se sobrepõe a questões locais.

“A minha aliança federal, ela tem um dinanismo, está formada com base na administração das coisas nacionais. É óbvio que os partidos no Brasil não são homogêneos, alguns são mais, outros são menos. Esse partidos que não são homogêneos têm características diferenciadas regionalmente e têm dinâmicas diferenciadas”, disse Dilma em entrevista a rádios em Salvador.

“Agora, a política nacional do meu governo, ela se sobrepõe à qualquer aliança regional”, garantiu a presidente.

Dilma tem sido pressionada por peemebistas a se envolver diretamente na construção de acordos para formação de palanques regionais na eleição do ano que vem.

A presidente, que chegou a considerar a pressão dos peemedebistas normal, decidiu envolver-se diretamente nas negociações com o PMDB em alguns Estados.

“O que vale é a política nacional e a política de alianças nacional. Se houver problemas que podem interferir na aliança nacional, ele vai ser tratado como uma questão nacional, mas aí você tem de me dar o fato concreto. O fato concreto é que o que é regional tem que ser resolvido regionalmente”, disse a presidente nesta sexta.

A presidente classificou a aliança do PT com o PMDB como “muito importante” para o governo federal, mas lembrou que a coalizão que a apoia é formada também por outros partidos.

“Não são só esses dois partidos que participam dessa aliança. Nós temos uma grande aliança partidária que sustenta meu governo, seja do ponto de vista do Parlamento, da governabilidade no Parlamento, como do ponte de vista também dando respaldo à gestão”, disse Dilma.

“É uma aliança formada por um bloco de partidos”, resumiu.

PT e PMDB enfrentam dificuldades na formação de alianças em Estados como Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Peemedebistas também têm expressado preocupação com o Ceará e Maranhão.