A presidente Dilma Rousseff descartou mudanças no momento em sua equipe econômica, e reforçou a necessidade do País ter as contas públicas equilibradas para ajudar no controle da inflação e atravessar o período de transição para uma política monetária menos expansionistas nos Estados Unidos.

“Não está a vista nenhuma (mudança na equipe econômica)”, disse a presidente em uma rara entrevista coletiva nesta segunda-feira, durante reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília.

A presidente reuniu nesta segunda-feira seu ministério para discutir os cinco pactos acordados com governadores e prefeitos após as manifestações de rua, com atenção à robustez fiscal e à reforma política.

Mesmo defendendo o equilíbrio fiscal, a presidente disse que não irá cortar gastos sociais para poder atender às demandas das ruas.

“Meu governo jamais negociará qualquer redução de gasto social”, disse a presidente, acrescentando que a redução dos gastos sociais não está na pauta de reivindicações das ruas.

Reforma política

Dilma afirmou que enviará nesta terça-feira uma sugestão para o plebiscito sobre a reforma política à Câmara e ao Senado, e que gostaria de ver as mudanças já em vigor para as eleições de 2014, embora tenha reconhecido que isso não depende do governo.

Entre as sugestões de temas para o plebiscito, Dilma citou o sistema de financiamento das campanhas e de voto vigentes, mas ressaltou que caberá ao Congresso definir as perguntas que serão feitas à população.